Resumo de Celebrando a Pátria Amada: Esporte, Propaganda e Consenso nos Festejos do Sesquicentenário da Independência do Brasil, de Bruno Duarte Rei
Mergulhe na crítica de Bruno Duarte Rei sobre as comemorações de 1972. Entenda como o esporte e a propaganda moldaram a história do Brasil.
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Prepare-se para uma viagem no tempo! O livro Celebrando a Pátria Amada é como um desfile de escola de samba que, em vez de samba-enredo, traz uma análise dançante (ou seria uma crítica?) da forma como o Brasil comemorou seu sesquicentenário de independência em 1972. O autor, Bruno Duarte Rei, mergulha nas festividades e mostra como, nessa mistura de esporte, propaganda e um certo "consenso", o Brasil se pinta de verde e amarelo em uma festa que poderia facilmente ser um carnaval de ideias, mal sabe o povo que não há blocos que compensam os fardos da realidade.
Ao longo da narrativa, você vai perceber que, apesar das cores vibrantes das comemorações, havia uma paleta mais sombria por trás das festividades. Bruno investiga o "como" e o "por quê" da celebração, colocando em foco a relação entre o esporte e as práticas de propaganda política da época. Imagine uma grande maratona onde os atletas correm não apenas pelo ouro, mas também para dar uma forcinha a certos interesses políticos do governo militar. Maravilha, não é? E não se esqueçamos de que, enquanto isso, o resto da população estava ali, aplaudindo e torcendo, sem saber exatamente que estavam servindo de figurantes nesse grande espetáculo.
Entre bandeiras, desfiles e troféus, o autor revela como esses eventos esportivos foram utilizados como ferramentas para criar uma ideia de união nacional. Parece um clipe musical de um artista pop que, no fundo, só quer vender álbum. Bruno passa a régua nas estratégias de propaganda que tentaram transformar as glórias olímpicas e futebolísticas em uma narrativa de patriotismo, como se as medalhas pudessem curar todos os males do Brasil. E ele faz isso com uma ironia sutil, sempre entrelaçando fatos históricos a uma crítica mordaz.
E se você acha que a festa era só alegria, prepare-se para a ressaca. O livro oferece uma reflexão crítica sobre os desdobramentos das comemorações, mostrando que a história do Brasil é uma salada mista, onde heroísmos e tragédias se misturam sem cerimônia. O autor não hesita em dissecar os mitos criados em torno das festividades, como se estivesse abrindo uma caixa de Pandora recheada de contradições.
Não se preocupe, aqui não há spoilers, pois esse não é um romance recheado de reviravoltas, mas uma análise bastante densa de um período controverso da história brasileira. O livro é mais que um simples relato; é um convite a pensar criticamente sobre como as festas populares podem ser manipuladas para construir consensos (ou, quem sabe, desconsensos) na sociedade.
Então, se você quer entender como o Brasil bailou entre os aplausos e a repressão em 1972, e descobrir como o esporte virou uma ferramenta de propaganda em uma ditadura, Celebrando a Pátria Amada é a leitura ideal. Só não esqueça de trazer aquela pipoca para acompanhar a sessão de crítica social, porque você vai querer estar bem preparado para os altos e baixos dessa comemoração que, mais do que uma festa, foi um verdadeiro espetáculo para a plateia.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.