Resumo de O Romance Morreu, de Rubem Fonseca
Explore a crítica mordaz de Rubem Fonseca em 'O Romance Morreu'. Uma reflexão divertida e provocativa sobre a literatura contemporânea.
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Se você sempre achou que a literatura estava num "romance" complicado, o que diria de O Romance Morreu? Escrito pelo mestre Rubem Fonseca, esse livro não é apenas uma obra para chorar lágrimas do tipo "ah, que triste", mas sim uma crítica mordaz à própria literatura e aos seus caminhos (ou descaminhos). E sim, spoiler alert: ele menciona que a coisa não está boa.
Logo de início, o autor apresenta uma trama que poderia facilmente ser chamada de "Camisetas e Indecência Literária", já que tudo começa com um escritor que é convidado a escrever a história de uma família que não entende nada sobre romance. Para ser sincero, a família tem mais drama que uma novela mexicana. Ou seja, estamos falando de um contexto em que a lógica e o bom senso tomaram chá e foram embora, deixando apenas personagens mais perdidos que turista sem GPS.
O protagonista, que é um famoso escritor (quase um "fanfarrão" da literatura, convenhamos), recebe uma proposta tentadora e, como todo ser humano que não resiste a uma boa grana, topa. Mas o que ele não esperava era se deparar com uma série de acontecimentos que o farão repensar sua carreira. De repente, escrever não é mais o que parece; é como tentar espremê-lo entre as páginas de um livro que recusa ser lido.
Entre reflexões sobre a morte do romance e a dita "literatura contemporânea", Fonseca faz questão de expor o que ele considera ser a morte do próprio gênero: histórias sem propósito, personagens rasos e uma certa "carnificina" em torno do que deveria ser uma bela narrativa. Ele nos apresenta personagens que estão mais para caricaturas do que para protagonistas. Temos o artista decadente, a mulher poderosa e sedutora que mais parece um meme, e um enredo que se alimenta de suas próprias falhas.
Fonseca se diverte com as ironias da vida literária, fazendo com que o leitor se pergunte o que é realmente relevante na arte da escrita. Ou seja, quem precisa de enredo coeso quando você pode simplesmente jogar todos os clichês da literatura em um liquidificador, misturar e servir em taças de cristal? O autor vai além e critica a banalização da literatura com a cara mais desavergonhada que você já viu - e não estamos falando daquelas caras de quem comeu limão.
Ao longo da leitura, você é convidado a refletir sobre seus próprios hábitos de leitura e a analisar se realmente você está mergulhando em romances que valem a pena ou apenas passando os olhos pelas páginas, como quem folheia revistas de moda. Ele faz um comparativo que leva o leitor a entender que o "romance" que deveria estar vivo e bem poderia muito bem estar em seu velório, acompanhado de algumas flores de plásticos.
Mas calma, se você já ficou preocupado com o que poderia acontecer, respire fundo: não há spoiler de fato. O que existe aqui é uma crítica mordaz e sem medo de ser feliz (ou triste), que pode te fazer rir e se indignar na mesma medida. No fim das contas, O Romance Morreu é mais um convite à reflexão do que uma história que precisa ser levada tão a sério.
Esse é um verdadeiro manifesto sobre a literatura e um convite para que os leitores questionem o que realmente valorizam nas páginas dos livros. Ou seja, você não sai apenas com a cabeça cheia de ideias, mas também com a consciência de que o "romance" pode estar morrendo, mas a ironia e a crítica estão cada vez mais vivas e bem nas nossas mãos.
Resumindo: a literatura pode estar em queda, mas a cachaça de Fonseca não! Leitura recomendada para quem gosta de um bom vinho e de uma crítica afiada!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.