Resumo de Esperando Godot, de Samuel Beckett
Mergulhe no absurdo de 'Esperando Godot' com nosso resumo! Entenda a espera e a ironia por trás dos diálogos de Beckett nesta peça icônica.
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Ah, Esperando Godot! A peça que definiu o "teatro do absurdo" e que parece ter sido escrita por alguém que decidiu que sentar e esperar ia ser a grande aventura da vida. Se você está preparado para mergulhar no mundo de dois indivíduos, Vladimir e Estragon, que fazem nada por praticamente toda a eternidade (ou pelo menos duas horas no palco), você está prestes a embarcar em uma viagem filosófica que inclui um toque de humor e uma pitada de desespero.
A história, ou melhor, a não-história, começa com Vladimir e Estragon, dois amigos bem enrolados em suas próprias frustrações existenciais. Eles se encontram debaixo de uma árvore, que é provavelmente a coisa mais emocional do cenário. Enquanto aguardam um tal Godot, que nunca aparece, os dois se envolvem em conversas que vão de reflexões sobre a vida e a morte, até discussões sobre a utilização de cenouras como bonés (sério!).
No meio desse discurso todo, a grande questão é: quem é Godot? Ele é um Deus? Um cartão de visita da procrastinação? Ou apenas um sujeito que se esqueceu do caminho? A verdade é que Vladimir e Estragon estão tão presos na espera que, quando Godot finalmente não aparece, eles não parecem muito surpresos. Afinal, é isso que fazem - esperam, e esperam, e esperam...
Além da dupla, temos Lucky, o "escravo do tipo que faz tudo", e seu dono, Pozzo, que se acham os reis da cocada preta nesse mundo sem sentido. Pozzo, que se comporta como o típico chefe que não dá férias, acaba sendo o grande exemplo da dominação e submissão. Lucky, por outro lado, tem um monólogo que, se você estiver de bom humor, pode até parecer uma performance de stand-up. mas que na verdade representa o desespero de um ser humano sufocado.
Os diálogos de Beckett são carregados de ironia, e a repetição é uma marca registrada da peça. Ah, e se você está esperando por alguma conclusão ou um desfecho emocionante, sinto muito em te desapontar: tudo continua como estava, o que é perfeitamente normal para o absurdo que eles vivem. E, sim, os dois tem uma tendência a se deixar levar pela rotina de esperar por um Godot que nunca chega.
Ao final da história, quando Vladimir e Estragon decidem que "vamos embora", eles apenas ficam lá parados, como quem decide não sair da cama em um dia chuvoso. E assim a peça termina sem que nada aconteça, mas com uma carga emocional que poderia encher um caminhão.
Spoiler à vista: Godot nunca aparece, e essa é a maior revelação que você não estava esperando! O que Beckett nos ensina aqui é que às vezes a espera é mais significativa do que a chegada, mesmo que você não saiba o que está esperando. E se isso não é filosofia às avessas, eu não sei mais o que é!
Resumindo, Esperando Godot é um convite para apreciar o vazio, o silêncio e as conversas sem sentido da vida. Então, da próxima vez que você estiver parado no trânsito ou na fila do supermercado, lembre-se: você pode estar apenas esperando seu próprio Godot.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.