Resumo de Morar e Viver na Cidade: Campinas (1850-1900) - Mobiliário e Utensílios Domésticos, de Eliane Morelli Abrahão
Explore a vida em Campinas no século XIX com o livro de Eliane Morelli Abrahão. Mobiliários e utensílios revelam histórias fascinantes sobre a sociedade da época.
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Se você sempre se perguntou como era a vida em Campinas no século XIX - sim, estou falando daquela época em que as pessoas não tinham WhatsApp e ainda acreditavam que um passeio a cavalo era a melhor forma de se divertir -, este livro é para você! Morar e Viver na Cidade: Campinas (1850-1900) é como um portal do tempo, trazendo à tona os mobiliários e utensílios domésticos que transformaram a vida dos moradores dessa cidade.
Em sua obra, Eliane Morelli Abrahão nos presenteia com uma viagem antropológica e histórica ao passado campineiro. E aqui, a autora não está apenas falando sobre aquele sofá de vovó que todo mundo ama. Não! Ela vai muito além. Morelli explora o contexto social, econômico e cultural de Campinas durante os anos 1850 a 1900, revelando como os objetos domésticos eram, na verdade, reflexos das mudanças que a cidade vivia.
Vamos ao que interessa: o conteúdo. O livro é repleto de detalhes históricos que fazem com que você sinta na pele o quanto a vida doméstica da época estava ligada ao status social. Os móveis não eram apenas para sentar e se encostar, mas sim verdadeiros marcadores de posição na hierarquia social. Por exemplo, se você tivesse uma mesa de jantar larga e cheia de pratos, pelo visto, suas reuniões familiares eram mais animadas do que as festas atuais sem wi-fi.
Além disso, abrange a transição de Campinas de uma cidade rural para um centro urbano em crescimento - uma verdadeira metamorfose! Com o aumento da população, os moradores começaram a se preocupar mais em como arrumar a casa do que em se mudar para a próxima cidade grande. Os utensílios domésticos, portanto, se tornaram objetos quase fetichistas, que não apenas serviam para facilitar a vida, mas também para mostrar que você tinha status.
Um ponto relevante é a questão do espaço. A autora nos traz à tona a maneira como a habitação se adaptava às novas demandas sociais. Os imóveis precisavam ser mais funcionais e, na esteira dessa necessidade, a configuração dos ambientes começou a ganhar novas histórias e significados. Afinal, como receber a visita do amigo rico se sua casa não tivesse aquele aparador digno de Instagram?
A temática se estende também aos desafios e à resistência da sociedade campineira frente à modernização - porque ninguém gosta de mudanças, não é? Mais uma vez, a autora faz questão de mostrar como os moradores tentavam equilibrar a tradição e a modernidade, fazendo malabarismos dignos de circo.
Spoiler alert: Você vai descobrir que, no final das contas, o que faz uma casa ser um lar não é só o móvel caro ou o utensílio da moda, mas sim o amor e as histórias que são construídas entre essas paredes - e que, na verdade, a maioria das visitas nem se importa se você tem uma chaleira antiga ou uma nova - desde que tenha café!
Então, se você não estava pensando seriamente em ir ao fundo da cozinha do século XIX ou em entender porque sua avó era tão apegada ao seu sofá de veludo, Morar e Viver na Cidade pode ser a leitura ideal. Eliane Morelli Abrahão nos lembra que, por trás de cada objeto, existe uma história e, às vezes, um pouco de exagero para impressionar a visita.
Boa leitura e que os móveis antigos não te deixem esquecer da importância do presente!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.