Resumo de Histórias da Repartição Pública, de Saulo Machado
Mergulhe nas hilariantes crônicas de Saulo Machado sobre a burocracia. Histórias da Repartição Pública revela o lado cômico do serviço público.
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Se você já esteve em uma repartição pública, provavelmente passou por uma montanha de burocracias que poderia deixar até um robô em estado de choque. Agora, imagina como seria isso tudo transformado em histórias hilárias? É exatamente isso que Histórias da Repartição Pública, de Saulo Machado, traz para nós: um catatau de crônicas que reúnem as experiências de quem já percorreu esse labirinto burocrático.
No início, o autor nos apresenta um panorama do cotidiano dos servidores e dos cidadãos que precisam lidar com os embrolhos administrativos. Aqui, os personagens se tornam verdadeiros heróis (ou anti-heróis) do selinho, da senha e da paciência. Temos o famoso servidor que parece ter feito um pacto com o tempo, pois parece que apenas ele consegue segurar a fila de atendimento para os próximos trinta anos. E não poderia faltar aquele cidadão que vai à repartição esperando resolver tudo em cinco minutos e acaba se deparando com a realidade dura de que "a fila anda, mas não anda".
Entre os capítulos, destaque para os encontros inusitados e as situações que fariam qualquer um se perguntar se não estaria, na verdade, dentro de um sitcom. As histórias são recheadas de personagens caricatos, como o "chefe que não dá ordens", a "senhora que trouxe um cachorro para a consulta" e o "especialista em sacadas criativas que nunca surgiu". Cada um deles traz à tona o sertão da burocracia e as alegorias da vida pública, mostrando o quanto a vida em uma repartição pode ser, ao mesmo tempo, trágica e cômica.
Mas calma que aqui vai um spoiler (!!!). Ao longo das narrativas, há uma crítica evidente sobre o serviço público. Machado nos faz rir ao mesmo tempo em que nos faz refletir sobre a seriedade do assunto. Afinal, poderiam esses personagens caricatos se tornar alternativas para um sistema que parece se mover a passos de tartaruga? Ou será que essas histórias são apenas um retrato da nossa relação com a burocracia, onde o riso é a única saída para não chorar?
O autor também reúne passagens que fazem chuteiras na cara da informalidade e da eficiência questionável dos serviços prestados. É nesse ponto que a ironia se torna quase uma regra: muitas vezes, a única coisa que realmente funciona bem é a própria marmita do servidor.
No final das contas, Histórias da Repartição Pública é muito mais do que uma simples coletânea de crônicas; é um grito de socorro (e de riso) por detrás das janelas empoeiradas das repartições, afim de que a gente nunca se esqueça que até mesmo a burocracia pode ter sua dose de humor e absurdo. Afinal, o que seria da vida sem um pouco de diversão em meio à papelada?
E aí, ficou curioso para descobrir as peripécias que o autor nos apresenta? Prepare-se para uma visita a um mundo onde o absurdo é o novo normal e a repartição pública é o melhor lugar para ver a vida passar. em câmera lenta!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.