Resumo de Totem e Tabu, de Sigmund Freud

Mergulhe nas origens da civilização com 'Totem e Tabu' de Freud, uma análise intrigante sobre moralidade, rituais e a psique humana.

Se você já se perguntou sobre as origens da civilização e acha que entendeu tudo depois de assistir a alguns documentários no YouTube, pode ser que Totem e Tabu do grande Freud venha te dar uma belíssima sacudida na sua certeza. O livro, uma verdadeira mistura de antropologia, psicologia e uma pitada de receitas de como ser o pai da psicanálise, se propõe a discutir as origens das instituições sociais, da religião e até do incômodo sentimento de culpa que acompanha a humanidade.

Freud, com seu estilo bem característico de conduzir as coisas, nos apresenta uma análise da vida humana desde o tempo das cavernas. Isso mesmo, prepare-se para uma viagem que vai além da pré-história e desembarca no que o autor chamou de "a psicologia das tribos primitivas". Vamos lá!

O primeiro grande tópico que Freud aborda é o totemismo, que é meio que a forma de religiosidade dos nossos antigos amigos das cavernas, que adoravam um "totem" - uma figura sagrada que representava um grupo social, geralmente ligado a um animal. E adivinha? Essa modinha de ter um totem era super importante para definir a identidade, as regras e a moral da tribo. O que expõe um tanto da mente humana: a gente sempre precisou de algo (ou alguém) para nos dar direção. Sociologia 101, amigos!

Mas, como tudo que é bom também pode dar errado, Freud logo nos avisa que esse amor todo pelos totens não estava lá apenas para unir as tribos, mas também para gerar intrigas, ciúmes e rivalidades. Ele postula que a relação entre a tribo e o totem envolvendo sacrifícios e rituais era algo bem complicado. E se você está se perguntando sobre o que acontece quando alguém desrespeita o totem... oh, querido, levante suas mãos porque a tragédia não morre nunca!

Eis que Freud também se depara com o tabu, que resultou de um conceito de proibição que torna o totem sagrado - mas também traz um monte de regras perplexas sobre o que a tribo pode ou não fazer. O grande ponto aqui é a lei do pai, que vai nos levar a um dos temas mais queridos de Freud: o complexo de Édipo. Isso mesmo! Pronto para descobrir que seu relacionamento com sua mãe e os traumas de infância são mais complexos do que você pensava?

Spoiler alert: o pai simboliza a proibição mais fundamental. É também quem delimita os desejos e as responsabilidades. O que leva Freud a deduzir que a discordância entre os membros da tribo e a rivalidade por poder (sim, estamos falando da rabugenta história da disputa do pai) resulta em comportamento civilizado ou, se preferir, em toda a neurose da vida moderna.

No final das contas, Totem e Tabu nos faz olhar para trás e entender que a evolução das sociedades não é só um tema de aulas de História. É também uma questão de conflitos emocionais e culturais que moldaram a psique humana e, de quebra, nos oferecem uma bela visão do que somos atualmente. E quem diria que a gente estaria tão envolvido com as questões de amor, ódio, rivalidade e culpa desde os tempos dos nossos ancestrais?

Em suma, Freud leva a gente a uma verdadeira montanha-russa de insights - e nem precisa usar um totem para garantir que você vai sair refletindo sobre suas relações! Então, se você ousa compreender as origens da moralidade, ao mesmo tempo em que deve lidar com seus próprios traumas, Totem e Tabu é a leitura perfeita. Com isso, fica o recado: na dúvida, procure seu terapeuta - ou um totem!

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.