Resumo de A cidade e as serras, de Eça de Queirós
A cidade e as serras, de Eça de Queirós, revela a transformação de Jacinto ao trocar a agitação urbana pela simplicidade do campo. Descubra essa crítica ao modernismo!
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Prepare-se para uma viagem com _A cidade e as serras_, uma obra clássica do mestre Eça de Queirós que critica, com muito humor, a vida urbana e suas desgraças. Aqui, a história gira em torno de Jacinto, um jovem que vive em Lisboa e é o típico "filhinho de papai" com uma vida cheia de futilidades e um amor não correspondido pela modernidade.
Na primeira parte do livro, conhecemos Jacinto em seu mundano cotidiano de intelectual pseudo-iluminado, rodeado de máquinas sofisticadas e discursos cientificistas. O cara jura que está vivendo a vida dos sonhos, com jantares sociais e juras de amor à cidade, mas no fundo, ele é um tanto quanto infeliz. É aquele típico personagem que se liga mais nas invenções do que nas pessoas - e, convenhamos, isso acontece a muitos de nós durante uma reunião de trabalho.
Spoiler alert! O nosso "herói" acaba recebendo uma carta de seu avô que vive em um lugar bem mais tranquilo: a serrania. Após um incidente que envolve um quadro muito mais bonito do que sua própria vida, Jacinto decide deixar de lado a correria da cidade e fazer uma visita ao seu avô. Mal ele sabe que isso vai mudar tudo. É hora de deixar o glamour pra lá e entender o que é realmente viver em contato com a natureza e a simplicidade... e vamos combinar, não há filtro de Instagram que chegue perto.
Ao chegar às serras, Jacinto se depara com a vida pacata e rústica de seu avô e, pasmem, ele descobre que a verdadeira felicidade pode estar em coisas tão simples como um campo florido e um pic-nic sem Wi-Fi. A cidade, e tudo o que ele achava relevante, começa a parecer apenas um grande teatro de absurdos. É quase como se Eça estivesse gritando: "Ótimo, agora desliga o celular e vai se divertir um pouco!"
Conforme a história avança, Jacinto se transforma, quase como uma lagarta que vira borboleta num campo de flores - enquanto tenta entender a importância da vida simples. Ele percebe que as relações humanas reais, longe dos altos e baixos da sociedade cosmopolita, são muito mais gratificantes. Eu sei, eu sei, você deve estar pensando "mas cadê o drama?". O drama aqui é ver o Jacinto se despir de suas armaduras de status e confortos para entrar em contato com a autenticidade da vida. Isso sim é um verdadeiro choque.
No fim das contas, _A cidade e as serras_ é uma crítica mordaz aos extremos do modernismo e ao vazio que muitas vezes ele traz. E, se você estava esperando por um final bombástico, você vai se surpreender com a conclusão pacífica e contemplativa da narrativa. Eça de Queirós nos deixa uma reflexão: será que precisamos de toda essa agitação ou será que o verdadeiro sucesso é saber apreciar um pôr do sol sem pressa?
Então, se a vida na cidade não está preenchendo seu coração, talvez dê uma chance a essas humildes serras. Afinal, a vida pode ser bem mais leve quando estamos rodeados de natureza e um pouco menos daquelas reuniões infinitas.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.