Resumo de Sobre o tempo, de Norbert Elias
Mergulhe na análise única de Norbert Elias sobre o conceito de tempo e como ele molda nossas vidas. Uma reflexão que vai além dos relógios.
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Ah, Sobre o tempo! Um título tão sutil que poderia ser confundido com uma conversa de café, mas aqui estamos nós, prontos para explorar a profundidade de nossos passatempos mais preciosos: o tempo e suas travessuras. Esqueça relógios e calendários, pois Norbert Elias nos convida a desvendar esse conceito escorregadio com a mesma empolgação de um mágico tirando coelhos da cartola.
O livro é uma análise sociológica do tempo, mas não formatada como a apostila que você deve ter sofrido na escola. Elias nos leva a refletir sobre como as percepções do tempo mudaram ao longo da história da humanidade. Ele não se contenta em falar apenas sobre horas e minutos, mas se aprofunda em como a sociedade se organizou em torno desses conceitos. Quase como se o tempo fosse uma peça de teatro e nós, meros coadjuvantes com marcadores de cena na mão.
O autor começa delineando a ideia de que, embora o tempo exista objetivamente (sim, ele escorre entre nossos dedos), ele é também uma construção social. E você pensou que poderia apenas olhar para o relógio e entender tudo! Não, meu amigo, o tempo carrega consigo as marcas da cultura, da política e da evolução social. Aos poucos, somos convidados a entender como as categorias temporais influenciam nossos hábitos, reflexões e até mesmo nossas emoções. Spoiler: as botanças e as dondocas dos séculos passados também tinham suas manias de marcar e desenvolver relações com o tempo, então respire fundo!
Além disso, Elias também discute a transição entre o tempo baseado em ritmos naturais (sim, os dias e as noites que não matavam ninguém) e o tempo moderno, onde estamos mais preocupados em não perder a hora do ônibus ou do Netflix. Ele vai além e fala da sociedade moderna, que inventou as corridas contra o tempo. Quem nunca se sentiu um hamster correndo na roda temporal do dia a dia? O autor nos mostra que este frenesi desenfreado é, em muitos aspectos, uma construção histórica.
Elias faz um bravíssimo apelo à importância de repensar o significado do tempo em nossas vidas. Ele sugere que devemos buscar um equilíbrio entre viver acelerados e apreciar o desenho do tempo. É como dizer que, embora seja tentador sempre correr, é fundamental parar para sentir a brisa e, quem sabe, até arrumar uma taça de vinho para relaxar.
Assim, a obra nos provoca a imaginar uma nova relação com o tempo, além das demanda do cotidiano. Então, se você estava procurando um guia prático para "aproveitar melhor o seu tempo", talvez não tenha encontrado exatamente isso, mas vai sair inspirado(a) a refletir sobre como passamos nossos dias e como isso impacta nossas vidas e as sociedades.
E, para encerrar, se você esperava que Elias trouxesse a fórmula mágica para parar o tempo ou enganar a morte, sinto informar que a única mágica dele é a de fazer você ficar pensando na sua relação com o tempo e talvez até reconsiderando o modo como você lida com os momentos do dia a dia. Afinal, lembre-se: o tempo não para, mas nós podemos aprender a dançar no ritmo dele!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.