Resumo de Natureza em Boiões - Medicinas e Boticários no Brasil Setecentista, de Vera Regina Beltrão Marques

Embarque em uma viagem no tempo com 'Natureza em Boiões' e descubra como as ervas e boticários do Brasil setecentista curavam com arte e magia.

Se você alguma vez já se perguntou como os brasileiros se viravam para tratar as dores, resfriados ou aquele mau hálito no século XVIII, Natureza em Boiões vai te dar a resposta em forma de um verdadeiro tour pelo mundo das medicinas e boticários no Brasil setecentista. E acredite, não estamos falando de farmácias lotadas de produtos com nomes impronunciáveis, mas sim de um mix de ervas, curiosidades e uma pitada de mágica. Vamos lá!

Logo de cara, Vera Regina Beltrão Marques nos apresenta o cenário onde as medicinas eram, digamos, um pouco mais "artesanais". Aqui, a natureza não é só um pano de fundo, mas o verdadeiro protagonista! As ervas nativas e as influências que chegavam de outros povos (olá, colonizadores!) são personagens coadjuvantes nessa história das plantas que curam e das feitiçarias que, de alguma forma, também ajudam.

Os boticários - ou como gostamos de chamar, os "farmacêuticos de capinha e chapéu" da época - eram os responsáveis por misturar essas poções mágicas e elaborar medicamentos que, vamos combinar, tinham mais expectativa de cura do que certeza. A autora, com um olhar atento, revela como esses profissionais, que muitas vezes não tinham formação específica (porque lá em 1700 e pouco ninguém se preocupava com diploma), uniam conhecimentos populares e "saberes" científicos da época para oferecer aos pacientes o que chamamos hoje de "plano de saúde" na base da erva daninha.

Mas espera! Não pense que tudo era feito na tranquilidade de um boticário. Imagine um ambiente cheio de seres humanos desesperados por cura, desejando que a mágica funcionasse, e um boticário tentando decifrar qual erva usar na mistura. É praticamente um episódio de um reality show de cura alternativa! A autora ainda nos brinda com algumas curiosidades sobre a relação entre medicina e religião na época, mostrando que, às vezes, a fé na cura poderia vir em forma de oração - não só de plantas. Afinal, a combinação "erva + reza" era quase um mantra.

E, como todo bom livro que se preze, não poderia faltar uma pitadinha de crítica social. Marques aponta como a medicina da época refletia as hierarquias sociais, com os mais pobres dependendo do que a natureza (ou suas avós) podiam oferecer, enquanto os mais ricos tinham acesso às poções mais elaboradas. Ah, a desigualdade sempre esteve presente, né?

Agora, um aviso de spoiler: se você achou que no final do livro teríamos um "felizes para sempre" com boticários reconhecidos e dando aula nas universidades, pode tirar o cavalinho da chuva! A medicina moderna, com seus métodos (muito mais certeiros) acabou fazendo com que muitos desses saberes, embora valiosos, fossem, para muitos, vistos apenas como "curiosidades históricas".

Em resumo, Natureza em Boiões é uma viagem fascinante e divertida pelo mundo das medicinas no Brasil setecentista, onde as ervas eram o remédio da vez e a criatividade dos boticários era tanta que ainda nos faz rir hoje em dia. E antes que você esqueça, da próxima vez que sentir um resfriado, lembre-se das poções do passado. Você pode até encontrar uma cura - ou pelo menos uma boa história para contar!

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.