Resumo de Tratado sobre o regime e o governo da cidade de Florença, de J. Savonarola
Entenda como J. Savonarola propôs um governo ideal para Florença e criticou a corrupção em seu Tratado sobre o regime e o governo da cidade.
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Nesse Tratado sobre o regime e o governo da cidade de Florença, o fervoroso J. Savonarola nos presenteia com uma espécie de manual pomposo para tentar resolver os perrengues políticos da Florença renascentista. Ah, Florença! A cidade que, além de ser um berço da arte e da cultura, também não escapava das crises de poder, algo como o Big Brother à moda antiga, com direito a intrigas, traições e, claro, muita drama.
Savonarola era um frade dominicano e, como todo bom pregador, não tinha medo de meter o dedo na ferida. Ele clama por uma reforma política e espiritual, e sua proposta é um tanto arrojada: a busca pelo "governo ideal". O frade não estava lá só para dar boas-vindas aos artistas e pensadores; ele estava mais preocupado em salvar a cidade das garras do vício e da corrupção. Falou basicamente "Florence, vamos melhorar isso aqui, porque do jeito que tá, não dá!".
No tratado, a primeira parte é dedicada a descrever a situação de Florença e suas autoridades. Ao invés de fazer um tour pela cidade, Savonarola opta por apontar os problemas como se fosse um crítico de apartamento na era da internet. Ele não poupa críticas a quem está no poder, e é aqui que vemos a sua verve irada ser revelada. Segundo ele, a falta de moralidade entre os governantes é um dos grandes males que afetam a cidade. E claro, o que mais podemos esperar de um frade que considerava o próprio Florentino como quase um pecador? Spoiler: ele não é muito otimista a respeito!
Na segunda parte do tratado, Savonarola introduz suas ideias sobre como administrar a cidade. Aqui, a coisa esquenta! Ele sugere um governo que seria quase a versão renascentista da democracia direta, onde o povo teria voz. Imagina Florença com votos popularmente emocionais além do ar de quesito artístico! Para ele, a verdadeira liderança deve ser alinhada aos valores morais e religiosas, porque nada melhor do que o medo do céu e o amor pela cidade para acalmar as massas, certo?
Savonarola sugere que os governantes deveriam ser bons cristãos (nada de político corrupto em tempos de eleição!). Ele também fala absurdamente sobre justiça e moralidade, como se Florença fosse um daqueles contos de fadas em que o bem sempre vence. A visão dele estava longe das realidades práticas dos políticos da época, mas é como aquele amigo idealista que insiste que "tudo seria maravilhoso se apenas as pessoas agissem com o coração".
Ao final, não precisamos ser espertalhões para perceber que, embora suas ideias fossem nobres, o pragmatismo político sempre bate à porta. Savonarola acabou sendo um dos maiores mártires e extravagantes teóricos da sua época. Como toda história de tirania e redenção, o destino dele e as reações da cidade poderiam nem de longe ter sido como ele gostaria - com um final mais trágico e menos feliz.
Então, se você quer saber mais sobre como um frade tentou salvar a cidade de Florença com idéias que misturavam pregação e políticas ideais, Tratado sobre o regime e o governo da cidade de Florença é o seu "guia de sobrevivência" (ou de desemprego político)!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.