Resumo de Rick e a Girafa, de Carlos Drummond de Andrade

Explore a encantadora amizade entre Rick e sua girafa, uma história de aceitação e simplicidade que revela o poder das amizades inusitadas.

Se você achou que a literatura infantil de Carlos Drummond de Andrade se resumia a poemas complexos e reflexões existenciais, prepare-se para uma viagem inusitada pelo mundo de "Rick e a Girafa". Afinal, quem diria que o mestre do poema "No meio do caminho tinha uma pedra" também se aventuraria em uma história protagonizada por um menino e sua melhor amiga de pescoço longo e coração grande?

O livro gira em torno de Rick, um garotinho adorável que, por algum motivo que a lógica não explica (mas quem precisa de lógica em literatura infantil?), decide que ter uma girafa como melhor amiga é o que há de mais legal. Por que não, né? Enquanto outras crianças podem estar brincando de carrinho, Rick está aí, em plena fase de "seja você mesmo" e dando rolês com uma girafa!

No decorrer da narrativa, a amizade entre Rick e a Girafa se desenvolve em um cenário que poderia ser descrito como o "Parque dos Sonhos" - ou um zoológico em um dia sem fim, onde parece que a lógica saiu para tomar um chá e não voltou. O fofo do Rick tem que lidar com desafios típicos da infância, como fazer novos amigos humanos e entender que, talvez, a girafa não possa ser o centro das atenções em uma roda de crianças. É aí que entram aquelas situações de "awkward" que você só encontra na infância e que fazem você querer esconder a cabeça de vergonha.

Além de ser uma história sobre amizade, Rick e a Girafa também toca em temas de aceitação e compreensão. A girafa, mesmo sendo um pouco diferente (tá, ela é uma girafa, mas quem liga?), ensina a Rick que as aparências não importam tanto quanto o que sentimos por dentro. Spoiler alert: no final, Rick percebe que a girafa é, talvez, a melhor amiga que ele poderia ter. Edição especial para o título: "todo mundo deveria ter uma girafa na vida". Essa poderia ser a nova política de boas práticas para a convivência social, hein?

Drummond consegue capturar a simplicidade do universo infantil ao apresentar dilemas que, mesmo sendo bobos para o mundo adulto, são absolutamente reais para as crianças. Afinal, quem nunca teve um amigo esquisito que deixava os outros em dúvida sobre a sanidade de sua escolha de amizades? Ao longo das páginas, fica claro que a verdadeira amizade supera qualquer barreira de altura, cor ou pelagem.

E por falar em pelagem, se você pensou que o livro tem uma moral profunda e complexa, é melhor se preparar: o que vale mesmo é a simplicidade com a qual Drummond fala sobre a infância e o poder da amizade. O que ocorre nas páginas de "Rick e a Girafa" é um lembrete saboroso de que na infância, tudo é possível, até mesmo ser amigo de uma girafa no meio do parque.

E assim, Rick e a Girafa não é apenas uma leitura para crianças, mas sim um convite àqueles que ainda mantêm a criança interior viva - e uma sutil crítica ao fato de que, em algum momento, todos já tivemos um amigo diferente (ou um que jurava que poderia voar). Então, que tal dar uma chance a este livro? Ou, pelo menos, manter a cabeça erguida e o coração aberto? Afinal, quem não gostaria de ter uma girafa na sua vida?

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.