Resumo de Tolerância zero e democracia no Brasil: 209, de Benoni Belli
Entenda como 'Tolerância Zero e Democracia no Brasil: 209' de Benoni Belli critica a repressão e suas consequências para a democracia brasileira.
domingo, 17 de novembro de 2024
Ah, Tolerância zero e democracia no Brasil: 209, de Benoni Belli! Um título que já nos dá a impressão de que a festa do "pode tudo" acabou e agora estamos na fila do "pode nada". Aqui, Belli faz uma investigação sobre a proposta da tolerância zero - aquele conceito que parece mais coisa de filme de polícia do que de teoria política - e como isso se encaixa (ou não) na nossa já tão complexa e peculiar democracia brasileira.
Logo de cara, o autor nos apresenta o cenário em que a palavra de ordem é: "se não tiver uma repressão forte, o caos vai reinar". Ele discorre sobre a ideia de que a tolerância zero é a solução mágica para problemas sociais, especialmente a criminalidade. O problema? A criminalidade não tem um grande botão de desligar, não é algo que se resolve simplesmente com uma bronca ou uma votação cheia de promessas vazias. Afinal, você não consegue descer a marreta na violência com uma abordagem que ignora as raízes sociais e econômicas.
Com um humor sutil, Belli tenta explicar que, diferente de uma série de TV policial onde tudo se resolve em 40 minutos, no Brasil as coisas são um pouco mais complicadas. Aqui, nosso autor faz o papel do personagem que salta da tela e nos dá um tapa na cara: "Acorda, Brasil!".
Além disso, ele toca na questão da relação entre segurança pública e direitos humanos, enfatizando que a busca por tolerância zero muitas vezes leva a um ataque frontal a esses direitos. Em outras palavras, quando se tenta garantir que ninguém mais roube a sua bicicleta, pode ser que você acabe trocando suas liberdades por um "sistema segurador" que mais parece um cárcere. Spoilers a vista: nem sempre a segurança vale a liberdade.
O livro também aborda como a população se sente em relação a esse tipo de abordagem e o impacto que isso pode ter nas urnas. Belli traz à tona que, muitas vezes, é mais fácil escolher a balança da tolerância zero do que discutir políticas públicas eficazes e sustentáveis. Como uma receita de bolo que vai mal, uma fórmula de segurança se baseando em mais repressão do que prevenção é, no mínimo, uma mistura arriscada e, sinceramente, altamente indigesta.
Ele avança e discute as consequências políticas desses movimentos em uma democracia, questionando como os cidadãos podem realmente participar desse diálogo e entender o que, de fato, está em jogo. O ponto central? Que temos que parar de achar que "tolerância zero" é uma solução que não só agrava os problemas, mas também gera um ciclo vicioso onde o medo impera e a democracia perde força. Má notícia: a democracia não se alimenta de algemas, mas de debate e inclusão.
Portanto, se você está em busca de uma leitura que provoque um sorriso sarcástico enquanto você sente sua cabeça doer de tanto pensar, Tolerância zero e democracia no Brasil: 209 é o que você precisa. O livro é uma mistura de análise sociopolítica com um pitada de humor - uma combinação que é rara, mas que Belli faz com maestria. E lembre-se: a verdadeira política não é apenas sobre quem grita mais alto, mas sim sobre quem pode ouvir o que realmente está por trás dos gritos.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.