Resumo de Rorty: E a Redescriação, de Gideon Calder
Entenda como Gideon Calder desmistifica o pensamento de Rorty e apresenta o pragmatismo de forma prática e envolvente. Uma leitura transformadora!
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Se você achou que Filosofia era só para aqueles que usam meias de lã e tomam chá com bolachinhas, Rorty: E a Redescriação de __Gideon Calder__ chega para dar um tapa com luva de pelica na sua cara! Este livrinho de 64 páginas, que cabe na bolsa e em muitas cabeças, desmistifica o pensamento do filósofo americano Richard Rorty, conhecido por deixar os conservadores de cabelo em pé e os progressistas dando pulos de alegria.
Calder começa explicando o que é este tal de pragmatismo, um conceito que Rorty adora e que basicamente diz que a verdade é o que funciona - o que soa como uma desculpa perfeita para qualquer um que perdeu a hora e simplesmente afirma: "A verdade é que meu despertador não funcionou!". E por aí vai! O autor discorre sobre a ideia de que a filosofia deve ser prática e não apenas uma balbúrdia acadêmica que faz você se perguntar se realmente valeu a pena pagar as mensalidades.
No decorrer do texto, o leitor é apresentado ao conceito de redescrição. Esse termo, que mais parece nome de episódio de alguma série de comédia, é de fato muito sério. Rorty propõe que, em vez de encontrar a "verdade" absoluta, as pessoas deveriam romantizar as suas crenças e sempre estarem dispostas a mudá-las. Ele basicamente sugere que, se você não gosta do que está vendo no espelho, é hora de trocar de ângulo ou até de espelho. A ideia é que podemos reinventar nossas vidas e ideias sempre que quisermos, e que a discussão deve ser o combustível da sociedade.
E tem mais: dentro desse papo de redescrição, Rorty também critica a visão tradicional de que a arte ou a literatura servem apenas para refletir a realidade. Em sua visão, a arte pode ser uma ponte para mundos que ainda não existem - ou seja, mais uma vez abrindo mão do que parece ser para dar lugar ao que poderia ser! Imagine isso na sua próxima conversa sobre filmes: "Não, não é que o filme foi mal feito. É que ele redescreveu a realidade de maneira alternativa!"
Enquanto o autor nos conduz por essa jornada, ele aborda algumas críticas que Rorty recebeu ao longo de sua carreira, como a acusação de que sua visão poderia levar à apatia intelectual. Mas Calder se posiciona, como um verdadeiro ninja intelectual, afirmando que essa flexibilização de pensamento não deve ser confundida com falta de compromisso. Afinal, a transformação constante é o que nos mantém vivos e sem aquele tédio que dá vontade de dormir!
E claro, como em toda boa obra de filosofia contemporânea, temos os apêndices com algumas referências e um glossário que parece mais um convite para você se perder em mais livros, porque quem disse que um livro sobre um filósofo não pode levar você a outros?
Em resumo, Rorty: E a Redescriação é uma leitura indispensável para quem quer aprender a ver a vida não como um filme de um único diretor, mas como uma coleção de curtas-metragens de vários gêneros. Spoiler alert: a reflexão que ele propõe pode fazer você olhar para suas crenças como se estivesse limpando uma janela empoeirada! Então, prepare-se para dar uma arejada na sua mente e, quem sabe, até na sua vida!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.