Resumo de O Artilheiro que não Sorria, de Rafael Casé
Mergulhe nas reflexões profundas de 'O Artilheiro que não Sorria' e explore dilemas existenciais e a busca por identidade com Rafael Casé.
domingo, 24 de novembro de 2024
Se você pensa que "O Artilheiro que não Sorria" é sobre um jogador de futebol que, por algum motivo, resolveu fazer uma greve de sorrisos, sinto muito em decepcioná-lo. Este é um livro que mergulha na vida de um personagem que tem um dilema um pouco mais complexo e, quem sabe, mais sombrio que a simples falta de bom humor. Vamos lá!
A história gira em torno de Lúcio, um ex-militar que se transforma em artilheiro (e não, não é o tipo que vai para o campo com uma bola embaixo do braço). Ele carrega um passado carregado de traumas e complicações, tudo isso por conta de suas experiências em uma guerra que o marcaram para sempre. O cara tem mais cicatrizes psicológicas que um gladiador romano, e com isso, o autor Rafael Casé coloca uma lupa sobre temas como a guerra, a solidão e os pensamentos de um homem que tenta encontrar o seu lugar no mundo.
No início, somos apresentados a Lúcio, que parece estar em uma busca compulsiva por respostas. Ele se vê em um labirinto de reflexões sobre o que realmente significa a palavra "viver". Jogando com a ideia de que o guerra pode ser tanto externa (na batalha) quanto interna (a guerra de suas próprias emoções), o livro faz você se perguntar se o Lúcio realmente deseja ser feliz ou se apenas se acostumou a ser um "artilheiro" sem sorriso.
Ao longo da narrativa, Lúcio interage com outros personagens que aparecem para colorir (ou descolorir, dependendo do ângulo) a sua história. Cada uma dessas interações traz à tona um pouco de loucura, um pouco de dor e muito mais reflexão. Aqui, spoiler alert: ao invés de encontrar um grande amor ou um mundo melhor, Lúcio vai ver que resolver os conflitos internos não é tão simples quanto um passe de mágica. A saga dele deixa claro que enfrentar as sombras do passado é uma tarefa que exige coragem e, por que não, algumas indagações filosóficas do tipo "quem sou eu e por que estou aqui?".
Conforme a história avança, o autor nos brinda com uma prosa que lembra o sofrimento em um tom quase poético, enquanto ele lida com suas lembranças e emoções. É como se cada página fosse uma reflexão sobre a vida e as desilusões que todos enfrentamos em algum momento.
Assim, "O Artilheiro que não Sorria" não é só um livro sobre um ex-militar que não sorri. É um convite para o leitor mergulhar em questões profundas sobre a existência humana, a busca por sentido em meio ao caos e como lidar com as marcas que a vida nos deixa. No fim, o artilheiro pode não sorrir, mas deixa a todos com sorrisos nervosos e um pouco de reflexão. E lembre-se, nunca é demais olhar para dentro de si mesmo e sorrir um pouquinho, mesmo que seja para espantar os demônios.
Se você está na vibe de ler sobre dilemas existenciais, traumas e a eterna busca por identidade, "O Artilheiro que não Sorria" pode fazer você repensar algumas coisas (e, quem sabe, arrancar alguns sorrisos involuntários, mesmo que leves).
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.