Resumo de Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente
Mergulhe na comédia moral de Gil Vicente em Auto da Barca do Inferno. Uma reflexão divertida sobre vida e escolhas. Confira a análise completa!
domingo, 24 de novembro de 2024
Ah, Auto da Barca do Inferno, essa obra-prima do teatro português que, se fosse um ônibus, teria que parar para deixar todos os personagens entrarem, cada um mais peculiar que o outro! Gil Vicente, o avô do dramaturgo português, nos presenteia com uma comédia moral cheia de crítica social, onde a gente finalmente pode ver o que acontece quando a morte resolve fazer um passeio e levar a galera para a "barca do além"! E, coincidentemente, essa barca é o trem da fama, só que na versão de um barco para o além.
A trama toda se passa em um cenário bem peculiar: na beira de um rio, numa daquelas vilas que têm mais gente do que sofá em casa. Aqui, temos duas barcas. De um lado, a barca do Céu, com um visual todo bonitão, e do outro, a barca do Inferno, que parece ter saído de um filme de terror dos anos 80. E o que acontece? Cada personagem que aparece é chamado para decidir em qual barca embarcar, e o que se vê é uma galera que não sabe se fez mais coisas boas ou ruins na vida.
Primeiro, aparece o Fidalgo, que se acha o rei da cocada preta, mas no fundo só é um metido a fazer boas ações. Ele se aproxima da barca do Céu, mas aí o Diabo não resiste e logo dá um jeito de lembrar que tem umas sujeirinhas escondidas no guarda-roupa. Depois, temos a Alcoviteira, que passa mais tempo com as suas intrigas e fofocas do que fazendo algo realmente útil; sinceramente, poderia ter ajudado a reformar a casa da sogra. Ah, e não podemos esquecer do Escudeiro, que pensa que é melhor do que todo mundo, mas ninguém entende por quê.
E assim vai, uma fila de personagens como se fosse uma reunião de condomínio que todo mundo quer evitar. A cada entrada e saída, Gil Vicente nos brinda com as falas irônicas que fazem a gente rir e, ao mesmo tempo, refletir (pelo menos um pouco) sobre a vida e a moralidade. Um belo roteiro do tipo "o que você fez para merecer isso?", estilo de Facebook antes da criação da sua conta.
Spoiler alert! No final, a comissão julgadora é bem clara: os que fizeram mais "merdas" na vida vão para o Inferno, e os bonzinhos ralinhos, só pra não estragar a reputação da barca do Céu, vão viver felizes para sempre. Gil Vicente, de forma genial, mostra que a vida é feita de escolhas, e que, por mais que a gente tente fazer a diferença, sempre vai ter alguém puxando nosso pé para o fundo da barca.
Então, se você estava em dúvida se deveria ler Auto da Barca do Inferno, não se preocupe! É uma boa oportunidade para rir e refletir sobre a condição humana, além de reconhecer que todo mundo tem um lado "barca do Inferno" escondido (ou mais de um) em algum lugar. Prepare-se para uma análise social leve e cheia de riso, como um bom café com pão de queijo, porque conflitos e dilemas morais nunca saem de moda!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.