Resumo de O eu nos Ensaios de Montaigne, de Telma de Souza Birchal
Embarque na jornada de autoconhecimento com 'O eu nos Ensaios de Montaigne' de Telma de Souza Birchal e descubra o que Montaigne tem a ensinar sobre a vida.
domingo, 24 de novembro de 2024
Ah, "O eu nos Ensaios de Montaigne"! Um livro que, se fosse um amigo, certamente seria aquele que adora dar conselhos, embora você não tenha pedido, e sempre cita suas experiências pessoais para tudo. Telma de Souza Birchal, com seu olhar aguçado, nos leva a um passeio pelos labirintos da obra de Montaigne, o filósofo que decidiu que a melhor maneira de entender a si mesmo era escrever ensaios sobre a própria vida, como se estivesse narrando sua própria novela.
Montaigne, esse filósofo francês do século XVI, foi o pionero da autoficção, misturando reflexão, autoanálise e uma boa pitada de humor, e claro, um pouco de crítica social. Então, aqui estamos. O livro de Birchal nos guia para entender "O eu" que transborda nas páginas de Montaigne, esse "eu" que se parece mais com um amigo íntimo do que com um filósofo pedante.
Nos seus ensaios, Montaigne aborda temas como a morte, a amizade, o que é ser "bom" ou "mau", e outros assuntos que, acredite, na época eram mais polêmicos que um reality show atual. Birchal destaca como o autor francês era capaz de se despir de suas máscaras sociais, revelando sua vulnerabilidade e inseguranças. Ah, Montaigne! O mestre em assumir que, sim, não tem nada de errado em sentir medo do escuro, ou em se questionar se a vida não passa de uma grande piada.
Um dos pontos que o livro explora é a subjetividade montanhesca. A autora faz uma dança sofisticada entre os textos de Montaigne e as reflexões que surgem a partir deles, mostrando como ele desafiava a ideia de um "eu" fixo, o que é um choque de realidade para quem acha que já se conhece bem. Não é à toa que, ao longo da leitura, você pode acabar pensando: "Perai, será que eu também sou tão confuso assim?".
É importante frisar que, mesmo que o foco aqui seja Montaigne e suas reflexões, Birchal não deixa a peteca cair. Ela vai e vem entre os ensaios, pinçando as contribuições e o legado do filósofo, e como seu "eu" se tornou uma referência. Prepare-se para mergulhar nas esquisitices do ser humano, só que com um toque mais de finesse do que um jogo de charadas em uma festa de família.
Ao contrário do que muitos pensam, ser profundo não precisa ser um pesado trabalho. A leitura de "O eu nos Ensaios de Montaigne" é como um café passado na hora: quente, forte e aromático. E, assim como em qualquer boa conversa, há espaço para risadas e reflexões profundas. Então, esqueça aquele estereótipo de que ensaios são chatos; Montaigne e Telma de Souza Birchal provam que a sabedoria pode vir regada a um bom humor e a um coração sincero.
E aviso, não tem spoilers neste tipo de obra! Porém, após a leitura, você pode ficar com a estranha sensação de que conheceu alguém pelo qual você gostaria de ter um café filosófico a sós. Montaigne, e agora Birchal, mostram que a busca pelo "eu" é, na verdade, uma jornada coletiva na qual todos estamos juntos nessa confusão que chamamos de vida. O que mais você poderia esperar? Afinal, quem nunca se perdeu dentro de si mesmo em um momento de introspecção?
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.