Resumo de A era do Capital Improdutivo: a Nova Arquitetura do Poder, sob Dominação Financeira, Sequestro da Democracia e Destruição do Planeta, de Ladislau Dowbor
Explore as críticas de Ladislau Dowbor em A Era do Capital Improdutivo e descubra como a dominação financeira afeta a democracia e o planeta.
domingo, 24 de novembro de 2024
Se você achou que a vida política e econômica do nosso querido planeta está uma bagunça, é porque ainda não leu A era do Capital Improdutivo. Ladislau Dowbor, com seu jeitão perspicaz, nos leva a fazer uma viagem pela nova arquitetura do poder. E não é uma viagem daquelas tranquilas, com paisagens lindas e uma brisa fresca - é mais um passeio por um parque de diversões mal-assombrado, onde os monstros são as finanças e as estruturas de poder.
Dowbor inicia sua crítica afirmando que estamos vivendo uma era de capital improdutivo, o que parece algo bem menos divertido do que o título sugere. Ele argumenta que o capital, ao invés de ser usado para promover o desenvolvimento social e econômico, foi sequestrado (e não foi de forma muito gentil) por operações financeiras que, cá entre nós, mais parecem um golpe de mestre dos vilões de HQ. O que era para ser um motor do crescimento, transformou-se em uma máquina de concentrar renda e poder nas mãos de alguns poucos, enquanto o resto da sociedade fica jogado à margem como um guarda-chuva furado na chuva.
O autor revela também como a democracia foi sugada e sequestrada por interesses financeiros. A política, que deveria ser um espaço de debate e decisões coletivas, está dominada por uma elite que se preocupa muito mais em manter seus privilégios do que em garantir direitos e oportunidades para todos. A democracia, segundo Dowbor, pode ser comparada a uma ação em queda na bolsa, perdendo valor e importância enquanto os "investidores" financeiros estão lá, bem posicionados, prontos para lucrar com o desastre.
E, claro, não poderia faltar a destruição do planeta nesse pacote tenebroso. No faça-se a luz! as análises de Dowbor nos levam a compreender como essa abordagem economicamente improdutiva está ligadíssima à crise ambiental que estamos enfrentando. O planeta está passando por uma verdadeira ressaca ecológica, resultado de um consumo desenfreado e da exploração de recursos naturais sem qualquer preocupação com a sustentabilidade. Spoiler: o globo não está aguentando o tranco.
Ao longo do livro, Ladislau Dowbor não tem medo de levantar questões incômodas, fazendo com que o leitor se sinta um pouco como Alice no País das Maravilhas, mas ao contrário: aqui, tudo é perturbador e confuso. As soluções propostas por Dowbor são um convite à reflexão e à ação, porque, vamos ser sinceros, só reclamar não resolve nada. Ele fala em reconstruir a economia, a política e a relação do ser humano com a natureza, sugerindo que talvez devêssemos começar a agir como mais do que meros consumidores.
Em um tom que vai do indignado ao irônico, A era do Capital Improdutivo é uma leitura obrigatória para quem não está satisfeito em ficar apenas assistindo ao espetáculo de horrores que se transformou a política e a economia atuais. Afinal, estamos todos nesse barco furado, e o que não falta é água para baldear. Prepare-se, leitor, porque esse é um passeio de montanha-russa que vai fazer você repensar um bocado sobre o nosso futuro e o caminho que estamos seguindo.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.