Resumo de Antropologia dos sentidos, de David Le Breton

Mergulhe na obra 'Antropologia dos sentidos' e descubra como nossos sentidos moldam a cultura e a identidade. Reflexões imperdíveis de David Le Breton.

Se você achava que a antropologia era apenas sobre indígenas, florestas e comida estranha, venha cá que David Le Breton vai te mostrar que os sentidos são o verdadeiro "bicho-papão" dessa história. Em Antropologia dos sentidos, nosso amigo autor faz uma viagem sensorial pelos caminhos do corpo humano, revelando que ver, ouvir, tocar, cheirar e saborear têm um papel muito mais profundo do que simplesmente satisfazer nossas paixões alimentares ou de dar aquele bom dia efusivo para o vizinho.

Logo de começo, Le Breton nos coloca a par de que os sentidos não são só ferramentas passivas; eles são as chaves de entrada para a cultura. Os sentidos moldam a percepção do mundo e a construção da identidade. E vamos ser sinceros, nada como um bom perfume para te fazer lembrar daquela festa de 15 anos que você gostaria de esquecer, não é mesmo?

O autor faz uma análise detalhada de como cada um dos sentidos se relaciona com a cultura e a sociedade, servindo como um verdadeiro buffet de experiências. Ao longo do livro, ele explora temas como o olhar (ainda bem que existem os óculos), as coisas que ouvimos (incluindo os gritos da nossa mãe quando não lavamos a louça), a importância do toque (sabe aquele abraço que cura e que você sempre se esquece de dar?) e os sabores exóticos que experimentamos. Ah, e não vamos esquecer dos cheiros, que podem tanto agradar como causar um verdadeiro ataque de espirros, dependendo da situação!

Le Breton também faz uma lavação das mãos - melhor, uma lavagem social - ao discutir o papel dos sentidos na construção de significado na vida diária. Sem papas na língua, ele critica a visão reducionista que algumas áreas da ciência têm sobre o corpo e a experiência humana. Para ele, sentir é viver, e viver é sentir; logo, isso significa que cada um dos nossos sentidos é um convite para mergulhar na cultura, mesmo que às vezes a gente esteja mais para boi na linha de chegada.

Ao longo das páginas, Le Breton brinda o leitor com uma verdadeira dança de teorias e exemplos, sempre te levando a refletir sobre como cada um dos sentidos pode variar entre culturas e influenciar nossas relações interpessoais. Afinal, com tantas interpretações de um simples "oi", quem disse que um aperto de mão não carrega histórias?

E se você está se perguntando se tem algum spoiler neste livro, fique tranquilo, pois como se trata de uma obra de não-ficção, você pode se jogar na leitura sem medo de estragar a surpresa. Tudo que você vai encontrar são insights e reflexões profundas sobre como a nossa percepção sensorial é afetada por tudo que nos cerca.

Então, pare de deixar o olfato dormir e venha despertar os sentidos com Antropologia dos sentidos. Depois dessa, você vai olhar para o seu prato de comida e pensar: "Como esse bife ao ponto fala sobre a cultura da minha família?".

Em resumo, David Le Breton não está brincando de pular entre tecidos e cheiros; ele está aqui para te ensaiar sobre a grande passarela que é a vida sensorial. E acredite, Antropologia dos sentidos é a aula de antropologia que você não sabia que precisava!

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.