Resumo de Direito e Justiça em Terras D'El-Rei na São Paulo Colonial. 1709-1822, de Adelto Gonçalves
Mergulhe na análise de Adelto Gonçalves sobre o sistema jurídico na São Paulo colonial. Entenda como justiça e poder se entrelaçavam entre 1709 e 1822.
terça-feira, 21 de janeiro de 2025
Prepare-se para uma viagem no tempo, onde vamos explorar a São Paulo colonial em uma época em que as pessoas não tinham o WhatsApp para resolver suas tretas e precisavam se contentar com o "toma lá, dá cá" da justiça. O autor, Adelto Gonçalves, nos brinda com um estudo minucioso das práticas jurídicas e das relações de poder que moldaram a vida neste território sob o domínio português entre os anos de 1709 e 1822.
O livro começa com o cenário histórico: enquanto o mundo vai mudando lá fora, D. João V estava ocupadíssimo com suas extravagâncias e a colônia aqui, entre uma plantação e uma outra, tentava descobrir o que era direito e o que era justiça. Com uma prosa cativante, Gonçalves mostra como os habitantes de São Paulo se viravam sem um código civil, e como, com uma mistura de efeito placebo e improviso, as questões legais eram decididas, geralmente à base de quem tinha mais influência e um poder de persuasão melhor - Você sabe, aquele famoso "quem pode mais, chora menos".
Na sequência, o autor analisa o conceito de justiça, que na São Paulo colonial era um misto de favores pessoais, "toma lá, dá cá" e aquela pitada de corrupção que não pode faltar. A justiça era, em muitos casos, dos que podiam pagar os serviços de um advogado - imagine só um "advogado" com a habilidade de convencer o juiz numa roda de conversa bem afinada. Gonçalves não deixa de lado a importância dos ''oficiais da justiça'', que, às vezes, mais pareciam personagens de novela de drama do que profissionais da lei.
E aqui vai uma dica quente: ele não esquece das mulheres e dos escravizados, que, mesmo em um sistema opressor, tentavam se fazer ouvir. A resistência e as artimanhas para sobreviver e reivindicar direitos são um aspecto importante da narrativa, mostrando que, mesmo nas condições mais adversas, a luta pela justiça era constante. O autor vai fundo nessa análise, quase como se estivesse tentando descobrir um golpe de mestre escondido em algum arquivo colonial.
Agora, cuidado com os spoilers: o autor chega até o período da Independência do Brasil em 1822, e como esses movimentos impactaram a administração da justiça na colônia. Ao final, Gonçalves consegue amarrar todas as pontas, trazendo uma reflexão sobre o que é justiça nas várias camadas sociais e como, apesar de todo o retrocesso, os indivíduos de São Paulo jamais deixaram de lutar pelo que acreditavam certo.
Se você estava achando que a história do direito na época colonial era um mar de rosas, é melhor se preparar para ver a realidade nua e crua: um emaranhado de relações, interesses e disputas que, no fundo, ainda ecoam muito na São Paulo de hoje. Afinal, parece que a habilidade em negociar e "dar um jeitinho" ainda são práticas bem comuns!
Esse resumo é só uma pinçada no que o livro apresenta, mas já dá para sentir o baque das transformações históricas nesse território tão complexo. Boa leitura, porque Direito e Justiça em Terras D'El-Rei promete muito mais do que brigas de foice na mão!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.