Resumo de Obras Completas de Machado de Assis VII: Histórias de Folhetim
Mergulhe nas intrigantes Histórias de Folhetim de Machado de Assis, onde crítica social e ironia se entrelaçam em narrativas envolventes do século XIX.
terça-feira, 21 de janeiro de 2025
Se você já assistiu alguma novela da Globo e ficou pensando: "Nossa, isso poderia ser um clássico da literatura brasileira", então você está prestes a entender a ideia central de Histórias de Folhetim, do gênio Machado de Assis. Este volume sazonal de 1259 páginas (mas quem conta, não é mesmo?) reúne contos que vão de 1858 a 1876, período em que o autor (mestre da ironia e da crítica social) brincava com a narrativa em corredores da elite carioca, quase como se estivesse escrevendo para a fofoquinha da vez - ou, melhor dizendo, fofocar era sua especialidade.
Vamos começar com o cenário: as Histórias de Folhetim nascem do costume das publicações em periódicos, ou seja, como se fossem capítulos de uma novela que ia sendo servida aos leitores aos poucos, como uma boa feijoada em dia de domingo. O que faz de Machado um artista neste campo é sua capacidade de inserir críticas sociais, reflexões sobre a moral e, claro, uma pitada de humor.
Entre as histórias mais notórias, temos "O Cartomante", uma trama de amor, desconfiança e, pasmem!, um fenômeno paranormal que conversaria muito bem com uma leitora de tarô moderna. Aqui, ele nos conta sobre a infidelidade em um triângulo amoroso digno de novela, mas como toda novela tem suas tragédias, não se espere um "felizes para sempre".
Outro hit nesse repertório é "Maria do Rio Cebola", onde o nosso amigo Machado expõe a vida das mulheres na sociedade carioca em um enredo que faz qualquer feminista da atualidade aplaudir de pé. Machadinho capta o espírito feminino como poucos, e tem uma habilidade especial de transformar suas protagonistas em figuras incríveis que só querem viver suas vidas, mesmo quando os homens parecem ser o principal obstáculo.
E se você acha que Machado só fala de amor, é porque não leu "O Coração de Wenceslau". O enredo gira em torno da cumplicidade e traição, com um toque de comédia que deixaria até os stand-up comedians da atualidade com um pouco de inveja. Imagine a situação: um homem prestes a se casar que descobre que sua noiva tem um passado. conturbado. O desenrolar da situação é de tirar o fôlego, como uma boa cena de drama.
Agora, atenção para os SPOILERS (se você ainda não leu, pode querer parar por aqui)! Vários personagens que nós nos acostumamos a amar ou odiar, no final, apresentam reviravoltas que sempre deixam aquela sensação de "mas como assim?". Os finais são ambíguos, e logo você se verá pensando: "o que será que o Machado tentou dizer com isso?". Essa dúvida eterna é parte do charme dele e faz você querer voltar mais e mais.
Para fechar com chave de ouro, Histórias de Folhetim serve como um retrato social do Brasil do século XIX, onde Machado não apenas apurou suas penas, mas, por meio delas, criticou a hipocrisia da sociedade da época. Ele ri e critica nossos costumes, e ainda nos entretém com histórias que poderiam facilmente passar pelas mãos de um roteirista contemporâneo.
Então, prepare-se para mergulhar nesse mundo delicioso, repleto de intrigas, amores escusos, e uma boa dose de ironia machadiana. Porque, afinal, ler Machado é como participar de uma festa de máscaras onde todos têm algo a esconder - e quem sabe você não acaba reconhecendo o seu próprio reflexo no meio desse baile?
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.