Resumo de O Processo de Reforma e Reorganização da Igreja no Brasil: (1844 - 1926), de Dilermando Ramos Vieira
Explore como a Igreja no Brasil se transformou entre 1844 e 1926 e suas tentativas de adaptação em tempos de mudança social e política.
terça-feira, 21 de janeiro de 2025
A obra O Processo de Reforma e Reorganização da Igreja no Brasil: (1844 - 1926), escrita por Dilermando Ramos Vieira, é uma verdadeira viagem pela história da Igreja no Brasil, com muito mais reviravolta do que a série "Avenida Brasil". O autor desvenda as camadas de reformas e reorganizações da Igreja, situando tudo em um contexto histórico.
Para começar, imagine um Brasil em transformação no século XIX. O país passava por mudanças sociais, políticas e religiosas. Vieira, com seu olhar afiado de historiador, mostra que a Igreja não ficou parada assistindo ao desfile de mudanças. Não, ela deve ter tomado um café bem forte e começou a se readequar às novas realidades. A Igreja Católica, que até então era a única fechada do Brasil, começou a sentir o cheiro do frito e decidiu que era hora de repaginar sua imagem.
O livro está repleto de figuras e eventos que contribuíram para a transformação. Vamos falar primeiro da Revolução de 1848, que foi tão barulhenta quanto uma festa de aniversário em que ninguém é convidado. Essa revolução teve um papel essencial na desestabilização da estrutura eclesiástica, levando a uma série de disputas internas na Igreja. Ou seja, foi tipo um "Big Brother" religioso, onde todos queriam ser os mais votados, mas ninguém sabia direito quem era o protagonista.
A partir de 1889, com a Proclamação da República, a Igreja teve que lidar com a nova configuração do Estado, que não estava mais lá para bajulá-la. A separação entre Igreja e Estado parece uma frase melhor aplicada em um relacionamento tóxico, mas foi exatamente isso que aconteceu. O papel da Igreja na vida social e política teve que ser ajustado, e o autor faz isso com detalhes, ressaltando que não foi uma mudança fácil. Era como tentar tirar um gato da luz solar: não queria, mas teve que se adaptar.
Ainda vemos a proposta de novas denominações e o surgimento de igrejas protestantes, o que pareceu mais um convite para uma festa em que todos estavam convidados exceto a velha Igreja Católica. O livro discute a resistência da Igreja frente a essa nova concorrência, que começou a roubar não só os fiéis, mas também a cena religiosa brasileira.
E se você coçou a cabeça pensando em quantas reformas e reorganizações podem caber em um período de mais de 80 anos, o autor garante que não faltaram! Vieira revela iniciativas como a criação de novos rituais, o fortalecimento das instituições e até um apelo para que a Igreja se aproximasse da modernidade. Mais uma vez, a Igreja estava tentando entrar na era digital, mas com a conexão discada, sem saber bem como controlar tudo isso.
Consolidando essa bagunça toda, O Processo de Reforma e Reorganização da Igreja no Brasil: (1844 - 1926) não é apenas uma cronologia entediante. É um convite à reflexão sobre como a Igreja se adaptou a novos tempos e, até, novos públicos. Afinal, qualquer um sabe que a resistência à mudança é tão natural quanto a insistência de um personagem de novela em voltar para aquele relacionamento fadado ao fracasso. Então, se você quer entender o lado menos glamuroso da história da Igreja no Brasil e suas tentativas de se manter relevante durante tempestades sociais, esta obra é uma leitura obrigatória. Quem diria que a história da religião poderia ser tão animada?
Fique tranquilo, não há spoilers aqui, a não ser pela própria história que já conhecemos, certo? Prepare-se para a viagem.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.