Resumo de A Arte de Escrever, de Arthur Schopenhauer
Mergulhe nas lições atemporais de Schopenhauer sobre a escrita e descubra como transformar divagações em palavras impactantes.
terça-feira, 21 de janeiro de 2025
Se você sempre sonhou em transformar suas divagações sobre a vida em palavras e ainda por cima, impressionar os amigos com citações filosóficas, A Arte de Escrever do filósofo Arthur Schopenhauer é o seu guia não tão silencioso. Neste ensaio, Schopenhauer, que mesmo sem Instagram já tinha bastante opinião sobre tudo, compartilha sua visão sobre a escrita, e ele faz questão de deixar claro que ser um escritor demanda mais do que apenas uma boa caneta (ou o velho computador, em tempos modernos).
Logo de cara, Schopenhauer nos apresenta sua definição de um bom escritor: "aquele que possui a capacidade de melhor expressar as ideias do que o próprio autor que as teve". Ou seja, se sua escrita parece mais uma conversa de bar entre amigos do que um texto bem elaborado, talvez seja hora de rever seus conceitos. Ele defende que a clareza e a precisão são mais importantes do que enfeitar o texto com palavras difíceis só para impressionar os leitores. Afinal, ele poderia ser um defensor da famosa frase "menos é mais", caso tivesse nascido alguns séculos depois.
Num tom que mescla o sério ao irônico, o autor também analisa o processo criativo. Spoiler alert: não existe receita mágica! Schopenhauer sugere que a inspiração vem de um trabalho incessante e não de um momento iluminado. Ele critica a ideia de que um escritor é alguém que se senta para escrever quando a musiquinha de fundo faz o coração palpitar. Em sua visão, escrever é como fazer malhação, requer esforço e treinamento.
Um dos pontos altos da obra é quando ele traz à tona o papel da leitura. Segundo Schopenhauer, "ler o que é bom é um dos mais importantes fundamentos para a arte de escrever". Em resumo, se você passa mais tempo no Twitter do que devorando clássicos da literatura, talvez seja hora de repensar suas prioridades. Ele também não poupa críticas aos escritores contemporâneos, que têm mais ego do que talento, fazendo parecer que a modernidade, na sua concepção, trouxe mais fonfona do que conteúdo.
E, como todo bom filósofo, Schopenhauer não deixa de lado o que deve ser evitado. Ele abomina textos que não têm propósito e frustrações que surgem da escrita por obrigação. Ou seja, se você se vê escrevendo algo apenas por pressão social, já é hora de se permitir um descanso e ir fazer algo mais divertido, como maratonar uma série.
Por fim, vem a cereja do bolo: a ideia de que um escritor também deve ser um pensador. Em outras palavras, se você está apenas despejando palavras no papel sem refletir ou se conectar com o que escreve, é melhor você procurar uma nova profissão. No fundo, Schopenhauer está aqui para nos lembrar que a verdadeira arte de escrever vem de um profundo entendimento do mundo e de si mesmo.
E assim, A Arte de Escrever não é apenas um manual, mas uma verdadeira conversa debochada com um de nossos maiores pensadores, que, com muito humor e incômoda sinceridade, nos provoca a repensar nossa relação com a escrita. As lições que ele compartilha são atemporais, mesmo que o grande filósofo não tenha previsto o advento do Twitter.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.