Resumo de A Lição Aproveitada: Modernismo e Cinema em Mário de Andrade, de João Manuel dos Santos Cunha
Mergulhe na relação entre Mário de Andrade e o cinema com 'A Lição Aproveitada'. Entenda como ele moldou a identidade cultural brasileira através das artes.
terça-feira, 21 de janeiro de 2025
A análise do Modernismo no Brasil é uma deliciosa receita, e quem melhor para temperar esse prato do que Mário de Andrade? Em A Lição Aproveitada: Modernismo e Cinema em Mário de Andrade, o autor João Manuel dos Santos Cunha nos convida a uma viagem ao universo do homem das mil e uma arte, explorando como a sétima arte e a literatura andaram de mãos dadas na construção da identidade brasileira.
Primeiramente, vamos falar sobre o próprio Mário de Andrade, esse verdadeiro "pai do Modernismo" por essas bandas, que não se contentava em apenas escrever. Ele queria transformar tudo em arte, e o cinema foi um dos muitos palcos onde ele exerceu sua magia. A obra de Cunha apresenta como o autor, ao lado de suas ideias revolucionárias, influenciou a cinematografia nacional, sem esquecer das críticas que ele fez, das exibições que ele ajudou a promover e das amizades que cultivou.
Nos primeiros capítulos, somos introduzidos a Mário e seu envolvimento com o Modernismo, como quem apresenta um personagem de filme em uma boa sequência de abertura. Ele não apenas desafiou as normas literárias da época, mas também abraçou novas formas de expressão, incluindo o cinema. Prepare-se para o click-bait: sim, Mário tinha uma relação amorosa (quase?) com o cinema, e essa relação é explorada com profundidade na obra.
O autor também aborda a ideia de que, para Mário, o cinema não deveria ser apenas um meio de entretenimento, mas sim uma forma de construir a identidade nacional e a cultura brasileira. E aqui entra em cena toda a crítica que ele fez ao cinema estrangeiro, muitas vezes disparando suas palavras como se fosse um crítico de cinema cheio de pipoca e com um olhar mais afiado que a faca do chef.
Além disso, Cunha se debruça sobre como Mário de Andrade percebeu a importância narrativa do cinema e, em consequência, a importância da própria narrativa dentro do Modernismo. O que fica claro é que o autor não estava apenas assistindo aos filmes, mas estava ajudando a escrever a história. Vamos ressaltar que A Lição Aproveitada vai muito além do que Mário pensou sobre o que era o cinema; é um mergulho no que ele poderia ter feito se estivesse com um controle remoto e a liberdade de reescrever a realidade.
Lá pelo meio da obra, passamos a entender que a ligação entre Mário e o cinema é um verdadeiro casamento de interesses e ideais. Aliás, se você pensou que os casais são complicados, espere até conhecer o emaranhado de influências e interações que Mário teve com cineastas e outros modernistas. É um verdadeiro "quem é quem" do Modernismo, repleto de revelações e trocas artísticas.
E, como todo bom filme, a obra se encaminha para um clímax onde Mário começa a ver uma bifurcação: pode o cinema ser autenticamente brasileiro sem perder sua essência? Essa dúvida é a cereja do bolo da obra e deixa a pergunta no ar: será que o Modernismo conseguiu, de fato, aproveitar tudo o que o cinema tinha a oferecer? Ao chegar ao final da leitura, você provavelmente poderá visualizar os filmes sendo projetados na sua mente, enquanto a trilha sonora de um desfile modernista toca ao fundo.
Resumo em poucas palavras: você precisa ler A Lição Aproveitada se quiser saber mais sobre como Mário de Andrade não apenas "aproveitou" o cinema, mas também reinventou a linguagem brasileira através dele. É uma leitura repleta de anedotas, críticas e reflexões que irão iluminar sua compreensão sobre essa conexão entre duas formas de arte que, aparentemente, andam juntas, mas que, por muito tempo, foram vistas como rivais.
Prepare-se para uma leitura que vai além do básico e que, ao mesmo tempo, fará você refletir sobre o impacto do cinema no modernismo e a presença vaporosa de Mário na narrativa cultural brasileira. Afinal, se tem alguém que sabe como fazer uma boa cena, esse alguém é Mário de Andrade.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.