Resumo de Os Cantos de Maldoror, de Conde de Lautreamont
Mergulhe em Os Cantos de Maldoror e descubra a jornada surreal e sombria de um anti-herói rebelde contra a moralidade. Uma leitura para os audazes!
terça-feira, 21 de janeiro de 2025
Se você está se perguntando se vale a pena mergulhar em Os Cantos de Maldoror, de Conde de Lautreamont, já posso te adiantar que a resposta é sim, mas prepare-se para uma viagem insana e surreal, com a possibilidade de encontrar monstros, sonhos bizarros e uma boa dose de poética gótica!
Como uma mistura de teste de Rorschach e uma balança de Dante Alighieri, o livro é uma obra enigmática e assume a forma de um poema narrativo. Aqui, Maldoror, nosso protagonista nada convencional, é o anti-herói que se rebela contra a moralidade estabelecida. O cara tem uma relação problemático com a vida, a sociedade, e, sinceramente, com tudo que é bonito. Sabe aquela pessoa que, em vez de um "bom dia", te manda um "que brisa horrível"? Pois é, Maldoror é essa pessoa.
A obra é dividido em seis cantos (sim, você leu certo, seis! Um para cada dia da semana e ainda sobra um pra dar uma volta). Cada canto é como um delírio coletivo: estamos falando de sonhos estranhos, reflexões sombrias e imagens de uma beleza perturbadora. Maldoror nos leva a contemplar toda a gama de lamentações sobre a existência e, acredite, ele não está ali para brincadeiras. Se você esperava poesia romântica, pode esquecer - aqui a coisa é mais sombria que camisa de time em jogo decisivo.
Nos primeiros cantos, encontramos Maldoror revelando sua aversão e desprezo por Deus, pelos humanos e, claro, pelas convenções sociais. O sujeito realmente não está afim de seguir o roteiro da vida normal. Em uma passagem bem cativante (ou não), ele fala sobre como gostaria que a humanidade desaparecesse, ou algo assim. Ele se sente como o punk de 1800 e pouco, desafiando qualquer padrão. É a revolta da criatura que acha mais interessante ser uma sombra nas noites de insônia.
Avançando na leitura, começamos a ver a intertextualidade, onde Lautreamont faz referências a várias culturas, mitologias, e outras obras literárias. O resultado? Um verdadeiro carnaval de referências. Estamos com o "Cortázar" no que parece um sonho frequente que vai parar em um baú de lembranças que nunca existiram (quase Kafka, se você me perguntar).
E, sim, se você gostou do classicismo e dos desencontros amorosos, pode ser que esse livro não seja sua praia. Em vez disso, é uma viagem que se encaixa mais em um pesadelo de um artista angustiado. Spoiler alert: respostas otimistas e finais felizes aqui são como unicórnios em uma floresta sombria - totalmente inexistentes!
Por fim, Os Cantos de Maldoror não é apenas uma leitura; é quase uma experiência espiritual... ou mental. O importante é que você saia do outro lado com uma nova visão sobre a vida, a essência do horror e da beleza. Então, se você tem coragem e disposição para encarar a loucura poética, vá em frente, porque Maldoror está esperando você para mais uma aventura cósmica e bizarra. Prepare-se para ressignificar tudo o que você acredita sobre literatura e beleza, porque esse aqui não é para os fracos de coração!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.