Resumo de Psicologia Alquímica, de James Hillman
Mergulhe nos labirintos da mente com 'Psicologia Alquímica' de James Hillman. Entenda como transformar suas angústias em arte e reflexão profunda.
terça-feira, 21 de janeiro de 2025
Se você pensou que psicologia era só sobre divã e Freud, oh, baby, você está muito enganado! Em "Psicologia Alquímica", James Hillman nos traz uma mistura de psiquiatria com uma pitada de misticismo, como se ele estivesse trabalhando em um laboratório alquímico com muito mais dinamismo e menos frascos de laboratório.
Ao longo de suas 528 páginas (que não são poucas, eu sei), Hillman estabelece uma ligação entre a psicologia analítica, de Jung, e a antiga arte da alquimia - sim, aquela que tentava transformar chumbo em ouro e, por algum motivo, também estava sempre de olho na imortalidade. O autor nos convida a enxergar as transformações psíquicas que ocorrem dentro de nós como um verdadeiro processo alquímico. Ou seja, uma viagem de transmutação pessoal que não envolve varinhas mágicas nem poções de Harry Potter, mas um bom conhecimento sobre a alma.
Hillman começa afirmando que a psicologia deve se voltar para o aspecto imaginativo da vida. Ele se revolta contra as abordagens mais convencionais e científicas, propondo uma visão mais poética da psique humana. Para ele, o trabalho psicológico é mais parecido com o de um artista do que com o de um cientista, e ao invés de analisar a consciência, ele sugere que devemos explorar os mitos, os sonhos e as imagens que povoam nosso imaginário.
E aqui vai um spoiler sobre a alquimia psicológica: a ideia não é só transformar o "chumbo" - que representaria nossos problemas e traumas - em "ouro", que seria uma vida plena e iluminada, mas sim entender o processo dessa transformação. Hillman argumenta que a transformação em si é cheia de complicações, e muitas vezes, nós precisamos passar por um verdadeiro caos interno para conseguir chegar a um estado mais elevado de entendimento.
Durante o texto, ele menciona vários conceitos alquímicos, como a prima materia e o redutio ad unum (que não é um novo lanche do McDonald's), e faz uma analogia entre eles e as experiências emocionais e psicológicas. Ele diz que o "chantilly" da psique (sim, é isso mesmo que você leu) é feito de camadas de emoções e estados de ser que emaranham nossa individualidade.
E se você pensou que o livro terminava nessa reflexão profunda, Hillman ainda nos instiga a pensar sobre o que é a "cura". Para ele, ser curado não significa ficar livre de problemas, mas sim aprender a conviver e a dançar com eles - quase como um tango emocional. No final, a proposta de Hillman é que, em vez de nos livrarmos de nossos demônios, devemos fazer as pazes com eles e entender que, pasmem, eles também ajudam a moldar quem somos!
Em resumo, "Psicologia Alquímica" é uma verdadeira viagem aos labirintos da mente humana, onde você vai se sentir como se estivesse em um daqueles romances fantásticos, mas com muito mais profundidade e reflexão. Em vez de sair por aí tentando transformar o chumbo em ouro, que tal transformar suas angústias em arte? Afinal, o que realmente importa é o que fazemos com nosso próprio "chumbo".
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.