Resumo de A mão esquerda da escuridão e Os despossuídos, de Ursula K. Le Guin
Prepare-se para uma jornada intergaláctica e reflexões filosóficas com A mão esquerda da escuridão e Os despossuídos, de Ursula K. Le Guin.
terça-feira, 21 de janeiro de 2025
Se você está preparado para embarcar em uma jornada intergaláctica com uma pitada de filosofia e um tempero social, A mão esquerda da escuridão e Os despossuídos, ambos de Ursula K. Le Guin, são obras que prometem fazer você questionar a sua realidade enquanto dá algumas risadas (ou ficará chocado, quem sabe?).
Vamos começar por A mão esquerda da escuridão, onde nos encontramos no planeta Gethen, um lugar onde as estações são mais longas do que um episódio de série de streaming. O protagonista, Genly Ai, um enviado interplanetário, vai tentar convencer os gehtenos a se unirem à Aliança dos Mundos. Mas, como se não bastasse o frio que faz lá, ele ainda precisa lidar com um povo que não tem um gênero fixo. Sim, você leu certo! O povo getheno pode ser masculino ou feminino dependendo do ciclo sexual. E para Genly, isso é mais complicado do que tentar explicar por que a última temporada daquela série que você amava não era tão boa.
Ao longo da história, Genly se vê em um jogo político intrigante, repleto de traições, alianças delicadas e algumas reviravoltas que fariam um roteirista de novela se sentir um gênio. Ele faz amizade com Estraven, um dos personagens mais icônicos e queridos, que pode ser tanto um amigo quanto um inimigo - uma verdadeira montanha-russa emocional a cada página. Juntos, eles enfrentam um inverno rigoroso, desafios culturais e a descoberta da verdadeira natureza da amizade e do amor. Spoiler: tem bastante neve, e a jornada deles é tão intensa que você vai querer se enfiar sob as cobertas e fazer pipoca.
Agora, vamos para Os despossuídos. Aqui, Le Guin nos apresenta Anarres e Urras, dois planetas gêmeos que teimam em não se dar bem. De um lado, temos Anarres, o planeta anárquico onde as pessoas vivem sem propriedade privada, em um sistema mais cooperativo que um grupo fazendo trabalho em grupo na escola. Do outro, Urras, que é o epítome da sociedade capitalista, onde brigas e intrigas são tão comuns quanto o congestionamento na hora do rush.
O protagonista, Shevek, um físico revolucionário, decide atravessar essa ponte entre os dois mundos. Sua jornada é, basicamente, a luta de um intelectual que quer trazer uma nova teoria sobre espaço-tempo, mas acaba se deparando com as complexidades e contradições do capitalismo e do anarquismo. Enquanto isso, ele tenta chamar a atenção da galera de Urras e ainda dá umas boas reflexões sobre como a propriedade pode ser mais opressora do que se imagina. É uma verdadeira viagem pela análise social, enquanto você tenta não se perder nas muitas camadas de crítica social que Le Guin apresenta - e quem não ama uma boa reflexão filosófica enquanto toma seu café?
Ambas as obras, de maneira inteligente e provocativa, levam você a refletir sobre a masculinidade e a feminilidade, o que realmente significa ser humano e qual a nossa posição em um universo que é, muitas vezes, tão frio quanto Gethen.
Então, querido leitor, se você está a fim de repensar os conceitos que você achava absolutamente normais e, por que não, dar umas boas risadas em meio a tudo isso, Ursula K. Le Guin está aí para te guiar, em sua típica ironia elegante e sagaz. Spoiler: ela vai te deixar pensando por dias sobre essas questões. Prepare-se para ter a cabeça fervilhando e o coração aquecido!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.