Resumo de O Quadrante de Pasteur: a Ciência Básica e a Inovação Tecnológica, de Donald E. Stokes
Entenda como a ciência básica e a inovação se interligam em 'O Quadrante de Pasteur', de Donald E. Stokes. Uma leitura essencial para amantes da ciência.
terça-feira, 21 de janeiro de 2025
Se você já ouviu falar que a ciência avança a passos largos, mas nunca soube exatamente como nem por quê, O Quadrante de Pasteur é o seu bilhete de entrada para esse parque de diversões chamado inovação científica. Donald E. Stokes, com sua habilidade de destrinchar conceitos complexos, nos apresenta um modelo elucidativo sobre como a ciência básica e a inovação tecnológica se entrelaçam, misturando um pouco de história, teoria e, claro, uma pitada de ceticismo.
A obra começa com a famosa figura de Louis Pasteur - sim, aquele da vacina e do leite pasteurizado, que pode ser considerado o paizão da microbiologia. Stokes usa Pasteur como um exemplo emblemático, não só por suas descobertas, mas pelo legado de como essas descobertas impactaram a inovação tecnológica. O autor divide a ciência em quatro quadrantes, o que, convenhamos, é um jeito bem mais organizado de ver as coisas do que simplesmente dizer que tudo é uma bagunça.
Quadrante I é onde encontramos ciência básica pura, depois vem o Quadrante II, que é como se fosse o primo nerd que ficou obcecado por transformar as ideias da ciência básica em algo prático, ou seja, inovação científica. No Quadrante III, temos aquela ciência que não se preocupa tanto com as aplicações, apenas se divertindo com conceitos e teorias, enquanto o Quadrante IV é o famoso "deixa pra lá", onde a ciência é aplicada, mas sem nenhuma curiosidade por trás.
O destaque, então, é a importância da interação entre esses quadrantes, onde um se alimenta do outro. Stokes até faz um apelo, quase como um grito de guerra, para que governos e instituições incentivem mais a pesquisa básica, uma vez que a tecnologia mais avançada não surge do chão, como um cogumelo depois da chuva. Spoiler: ele acredita que os investimentos em ciência básica são fundamentais para as inovações tecnológicas do futuro. Se não acredita, basta olhar para a história!
O autor também não economiza nas críticas: ele saca como muitas vezes a pesquisa é guiada por interesses comerciais e por um "ciclone de inovações" que nem sempre respira o mesmo ar fresco do conhecimento. Ou seja, para Stokes, não adianta só jogar dinheiro em projetos ou colocar cientistas em laboratórios caríssimos se a essência da pesquisa não for respeitada.
Além disso, O Quadrante de Pasteur fala sobre as políticas de ciência e tecnologia, praticamente desmascarando a ideia de que tudo deve ser medido em termos de ROI (Retorno sobre Investimento) e colocando em questão como as empresas (e, pelo amor de Pasteur, os governos) devem olhar para a ciência de forma mais holística. Se você está em um cargo de decisão, é hora de abrir os olhos para esse quadrante menos ocupado: a pesquisa que brilha sem a necessidade de um selo de aprovação financeiro.
Se você é apaixonado por ciência, tecnologia, ou mesmo se apenas ficou intrigado em saber como a cerveja e o iogurte ganham vida (obrigado, Pasteur!), O Quadrante de Pasteur é uma leitura quase obrigatória. E lembre-se, da próxima vez que você estiver assistindo a um documentário sobre invenções, pense bem se aquilo realmente é uma inovação ou apenas um truque para vender mais alguma coisa!
Então, convenhamos: mergulhe nesta obra que combina conhecimento, crítica e, quem diria, um charme acadêmico que poderia deixar até o Pasteur batendo palmas!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.