Resumo de Tratado da Sodomia, de Ludovico Maria Sinistrari
Mergulhe nas reflexões de Ludovico Sinistrari sobre a sodomia no século XVII. Uma análise irônica da moral e da sexualidade que desafia convenções.
domingo, 17 de novembro de 2024
Ah, Tratado da Sodomia! Um verdadeiro clássico do século XVII que mais parece ter sido escrito para escandalizar a sociedade da época do que para ser lido, mas aqui estamos nós, prontos para mergulhar nas reflexões sobre práticas amorosas não convencionais sob a ótica da Igreja e do moralismo da época. O autor, Ludovico Maria Sinistrari, um frade inquisitorial e, ironicamente, um profundo pesquisador sobre o tema, nos leva por um passeio cheio de regrinhas e condenações.
Logo de cara, Sinistrari se apresenta como um defensor da moral e dos valores cristãos, ou seja, ele é aquele tipo de pessoa que sempre fica no fundo da sala, apontando o dedo e dizendo: "Isso não pode!". Para ele, a sodomia é, claro, a prática sexual que não se encaixa na diretriz do "casar e reproduzir". Nesse sentido, o autor discorre sobre várias modalidades de ativação da molha e do que lhe aparece, não só entre os homens, mas também entre os homens e as mulheres.
Sinistrari faz um verdadeiro tour pelo universo da sodomia, discutindo desde as práticas que envolvem pecado até as consequências que essas práticas trazem para as almas que se desvirtuam, porque, convenhamos, o que seria da vida sem um pouco de condenação moral? A obra é repleta de análises sobre como a sodomia é vista através da lente religiosa, com direito a muitos trechos de textos bíblicos e uma quantidade impressionante de referências que fariam até o mais ardoroso dos estudiosos dar uma pausa para tomar um café.
E as penas, ah, as penas! Sinistrari não se contém em dissertar sobre o que acontece após a morte para aqueles corajosos o suficiente para experimentar aquilo que, segundo ele, é a carta marcada do inferno. Um verdadeiro pânico em forma de texto que faria qualquer um pensar dez vezes antes de dar uma escapadela, por mais inocente que seja.
Outro ponto que o autor toca é a questão da "sodomia feminina", ou como as mulheres, segundo a visão tradicional, poderiam se desviar de seus papéis sociais ao se entregarem ao amor proibido. É clichê, mas não dá para negar que a visão de Sinistrari é, ao menos, bastante peculiar para os padrões do seu tempo. Ele até tenta explicar o que seria "normal" e "anormal", como se isto não fosse uma tarefa impossível desde que a humanidade decidiu que a sexualidade estava a serviço da moral e da ordem social.
No fim das contas, a leitura parece um cruzamento entre um manual de instruções de como não levar a vida e uma obra de ficção científica sobre as consequências de uma vida sem as devidas orientações. Tratado da Sodomia é, sem dúvida, uma leitura que desafia a cada página a nossa percepção sobre desejos, culpa e moralidade - tudo isso salpicado com uma boa dose de humor involuntário, porque, convenhamos, o que não falta aqui é um tanto de ironia, especialmente ao refletir sobre o quão longe a moralidade pode ir quando se trata do que os outros fazem entre quatro paredes.
Então, se você está a fim de um mergulho na moralidade do século XVII ou apenas quer saber como as pessoas enxergavam a (talvez) segunda coisa que mais gera intrigas na história da humanidade, este tratado é uma escolha mais do que pitoresca. E lembre-se: não leve tudo tão a sério, porque, no fundo, o pecado pode ser apenas uma forma diferente de se divertir!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.