Resumo de Ronda da Meia-noite: Vícios, Misérias e Esplendores da Cidade de São Paulo, de Sylvio Floreal
Mergulhe na crueza de São Paulo à meia-noite com Sylvio Floreal. Uma viagem por vícios, misérias e os esplendores ocultos da cidade que nunca dorme.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2025
Prepare-se para uma viagem noturna pela São Paulo das sombras, porque em Ronda da Meia-noite, Sylvio Floreal não está aqui para fazer amigos. Ele nos apresenta uma cidade vibrante, mas ao mesmo tempo, cheia de vícios e misérias, como um cabaré que não fecha as portas - e que só toca jazz triste.
Floreal constrói um retrato cru da vida urbana, onde a cidade é mais um personagem do que um mero pano de fundo. Ele nos guia através dos becos e ruas escuras, mostrando que a madrugada paulistana tem muito mais a oferecer do que exatamente aquilo que a luz do sol se atreve a iluminar. A princípio, você pode pensar que a rota da narrativa é como um passeio no parque, mas em vez de flores e pássaros, encontramos prostitutas, viciados e mendigos em seu habitat natural. Spoiler: Não espere um final feliz, a não ser que você considere encontrar um boteco despretensioso às 4 da manhã como um excelente fechamento de noite.
Os personagens são variados e você vai se sentir como se estivesse em uma festa de Halloween onde todos saíram sem máscaras. Há os que são vítimas, as que se perderam e aqueles que apenas escorregam pela vida em uma roda viva de impossibilidade de escapar. Floreal, com sua prosa afiada, não hesita em ser irônico e debochado, deixando claro que a cidade, por mais bela que possa parecer em selfies, também é um foco de miséria e injustiça.
E o que dizer dos esplendores da cidade? Ah, meu amigo, eles são como uma fossa séptica disfarçada de ouro. Ninguém é bobo aqui, e o autor nos mostra como o brilho do concreto se mistura ao som das sirenes, um verdadeiro ballet de desespero e resiliência. Ele menciona casais apaixonados que só conseguem se encontrar depois da meia-noite, como se o amor tivesse um toque de clandestinidade.
Enquanto você lê, vai percebendo que a cidade é um caldeirão borbulhante de histórias, onde cada esquina pode esconder um destino inesperado. Floreal não apenas escreve sobre São Paulo; ele a faz dançar na sua frente, mesmo que essa dança lembre mais um funk desafinado que explodiu em um baile de rua. A prosa do autor é crua e direta, fazendo você sentir que deve usar um par de luvas enquanto manuseia o livro, para não se sujar com tanta realidade nua e crua.
Ele também não se esquiva de falar sobre as desigualdades sociais. O contraste entre o que vemos durante o dia e a vida noturna é refletido de forma explosiva, e a narrativa vai além dos limites do "ciclo dos vagabundos" ou das "boas práticas da elite". Aqui o que realmente importa são as pessoas e suas histórias, que se entrelaçam em um emaranhado de dor e esperança.
Então, prepare-se: sua cidade querida nunca mais te parecerá a mesma depois de passar pela "Ronda da Meia-noite". Acorde para a vida do outro lado da rua, porque, ao final da leitura, você poderá sentir que não foi um passeio despreocupado, mas uma verdadeira jornada pela alma de uma metrópole que nunca dorme. E, se você ainda tinha esperanças de que tudo acabaria bem, bem. talvez seja melhor você se acostumar com a ideia de que as coisas podem ser bem mais complicadas na vida real.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.