Resumo de O autor multiplicado: um Estudo Sobre os Filmes de Peter Greenaway, de Gilberto Alexandre Sobrinho

Mergulhe na análise de Gilberto Sobrinho sobre Peter Greenaway e descubra como o cinema se transforma em arte. Uma leitura intrigante e provocativa!

Prepare-se para uma verdadeira viagem pelo mundo peculiar e artístico de Peter Greenaway, onde a tela se transforma em um campo de batalha de ideias, cores e, claro, algumas bizarrices. O livro de Gilberto Alexandre Sobrinho é uma análise profunda dos filmes desse cineasta, que não é exatamente um sinônimo de "sessão da tarde". É mais como uma "sessão da tarde que você não entende, mas que parece genial".

Vamos lá! Greenaway não é conhecido por sua simplicidade - pelo contrário, seus filmes são como aqueles quebra-cabeças de 10 mil peças que você começa estressado, mas acaba amando. O autor faz um trabalho formidável em destrinchar como o diretor transforma suas obras em verdadeiros manifestos visuais. A obra é organizada em capítulos que vão de encontro com a filmografia de Greenaway, revelando as camadas de narrativa que podemos encontrar em algumas de suas obras mais icônicas.

Um dos aspectos mais interessantes que Sobrinho explora é o conceito do autor multiplicado. O que isso quer dizer? Bem, parece que Greenaway não se contenta em ser apenas um diretor; ele se considera um artista total! Ele se aventura em direção à arte gráfica, à pintura, e até à performance. Então, se o cinema fosse uma festa, Greenaway seria aquele convidado que se recusa a parar de mudar de roupa enquanto dança.

Ao longo do livro, temos uma análise detalhada de filmes como "O cozinheiro, o ladrão, sua esposa e o amante" e "Abril", onde Sobrinho não hesita em mergulhar em discussões sobre a estética visual. Prepare-se, porque aqui as imagens falam mais alto que diálogos que, convenhamos, muitas vezes são apenas um subproduto das cenas bizarras em que as pessoas estão se esbofeteando de forma artística.

E não se esqueça de que, se você está esperando reviravoltas de enredo dignas de um blockbuster de Hollywood, Greenaway pode levar você a repensar sua vida, enquanto explora temas como a morte, o desejo e a busca por sentido. De acordo com Sobrinho, os filmes de Greenaway também são uma reflexão sobre o próprio ato de criar, questionando o que significa ser um "autor" no cinema contemporâneo.

Outro ponto legal é o uso repetido da simbologia. Greenaway, este poeta do cinema, adora usar imagens e símbolos que parecem ter saído direto de um sonho - ou de um pesadelo. Você pode muito bem olhar para algumas cenas e pensar: "O que eu estou assistindo? Um filme ou uma peça de arte moderna?" A resposta, meus amigos, talvez seja ambas.

Sobrinho também é perspicaz ao tratar a relação entre o corpo e a comida em muitos dos filmes de Greenaway - sim, ele é meio obcecado por comida, talvez porque seja uma forma de explorar a vida e a morte. Prepare-se para cenas de banquetes que podem fazer você reconsiderar seu último almoço. Isso, sem dúvida, fará você olhar para o seu prato de forma diferente.

Ao final, o estudo de Sobrinho deixa claro que Peter Greenaway é um autor que se recusa a se encaixar em rótulos. Sua obra não se limita ao que a maioria chama de "cinema tradicional". E se você está procurando uma leitura convencional, vale avisar: este autor multiplicado pode fazer você sentir que precisa de um diploma em filosofia para entender tudo. Mas não se preocupe, Sobrinho se esforça para tornar essa jornada tão colorida e intrigante quanto as próprias obras de Greenaway.

Então, prepare seus neurônios e seu paladar - você está prestes a entrar no mundo de um dos cineastas mais provocativos que já assinaram um roteiro. E o melhor: com este livro em mãos, você vai parecer muito mais inteligente na próxima vez que for à sessão de cinema!

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.