Resumo de O desentendimento: Política e Filosofia, de Jacques Rancière
Explore a interseção entre política e filosofia em 'O Desentendimento', de Jacques Rancière. Entenda como a comunicação molda nossas percepções.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2025
Se você já se sentiu perdido em uma conversa de mesa de bar sobre política, O desentendimento de Jacques Rancière pode ser a sua salvação... ou pode fazer você se sentir ainda mais confuso. O autor, que é uma espécie de papai da filosofia contemporânea, mergulha fundo (mas não de maneira chata, prometo) nas relações entre política e filosofia. E não se preocupe, neste resumo não tem spoiler, já que a vida política e filosófica é um ciclo vicioso que nunca acaba!
Logo de cara, Rancière começa a nos introduzir ao desentendimento que permeia a política. Ele argumenta que a política não é apenas sobre decisões e ações, mas também sobre como as coisas são ditas e como entendemos essas falas. Sério, uma boa conversa política parece uma competição de quem fala mais complicado. É tipo uma batalha em que o vencedor é quem consegue enrolar mais. Como resultado, o autor nos leva a pensar que existe um abismo entre as intenções do falante e o que realmente é entendido por quem escuta.
Um dos temas centrais do livro é a ideia de que a política é intrinsecamente teatral. Rancière nos apresenta a política como um espetáculo em que todos têm seus papéis definidos. O problema? Muitas vezes, a plateia não entende a mensagem, ou simplesmente não está nem aí. É como assistir a um filme sem legenda: você pode até entender a trama, mas perde várias nuances que fazem a diferença. E já adianto, isso não é um convite para sairmos todos vestindo camisetas de protesto.
Ele também discute a distribuição do sensível, que, em termos simples, significa que a forma como percebemos e vivemos as coisas é organizada socialmente. Rancière argumenta que a arte, a política e a estética estão entrelaçadas, e mudar a maneira como percebemos o mundo é uma questão política essencial. Pensa em como algumas realidades são mais "visíveis" do que outras. Assim, o autor clama por uma democratização do sensível, onde qualquer um pode ser o artista, o protagonista, e não apenas a figura coadjuvante.
Ao longo de O desentendimento, o autor também faz uma crítica ao excesso de teorias sérias que a filosofia produz, questionando se isso realmente ajuda ou complica a compreensão da política. Ele sugere que, no fim das contas, o verdadeiro entendimento pode ser mais simples do que imaginamos. E que, se formos espertos, podemos aproveitar essa simplicidade para revolucionar as conversas em jantares e piqueniques!
A questão é que o livro de Rancière é um convite à reflexão. Ele quer que olhemos para as nossas vozes e nos perguntemos: o que estamos dizendo mesmo? E mais importante: o que estamos deixando de ouvir? Então, antes de responder a um questionário político no grupo do WhatsApp, pense bem! E é claro, sempre tenha em mente que há muito mais entre as linhas do que entre as palavras.
Enfim, O desentendimento não é só mais um livro de política e filosofia. É uma chamada à ação para que não apenas ouçamos, mas que escutemos. Que não apenas falemos, mas que nos comuniquemos. E que, acima de tudo, deixemos de lado essa ideia de que saber e entender é privilégio de poucos. Como diz Rancière, todo mundo pode ter voz na cena. Agora é só ir lá e usá-la, sem desentendimentos!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.