Resumo de O inconsciente estético, de Jacques Rancière

Descubra as reflexões provocativas de Jacques Rancière sobre arte e política em 'O inconsciente estético'. Uma leitura que transforma sua percepção.

Se você achou que "O inconsciente estético" seria um tratado chato e secante sobre estética, achei bom avisar: Rancière não veio para brincar! Com um título que mais parece o nome de uma música do Nirvana, o autor nos presenteia com 80 páginas recheadas de reflexão sobre o mundo da arte e as nuances do olhar. E acredite, ainda mais do que meu primo tentando entender o que é um quadro abstrato, Rancière se debruça sobre a relação entre a estética e a política de um jeito que faz você querer levantar e aplaudir (ou pelo menos impressionar quem está ao seu lado).

Rancière começa elaborando a ideia de que a estética não é apenas a superfície das coisas, como uma maquiagem em uma noiva desesperada, mas sim um campo que envolve a percepção, a classificação e a distribuição de experiências sensíveis. E ele não para por aí; ele quer que você entenda que o inconsciente estético é como aquele amigo que sempre fala sobre o que vê, mas com uma profundidade e uma labuta filosófica que exigem pelo menos um café expresso para acompanhar.

Indo mais fundo, o autor discute como a arte e a política andam de mãos dadas como um casal de dança em um baile de formatura. Aqui, ele nos joga a ideia de que a arte pode ser uma forma de contestação e que a apreciação estética deve ir além do mero deleite; é quase como uma revolução à vista, mas em forma de performance! Rancière nos provoca a pensar sobre como a percepção e a compreensão do que chamamos de arte se formalizaram ao longo do tempo e nos ensina que o que vemos não é tudo o que existe; encaixamos apenas parte do nosso olhar na realidade.

Como se não bastasse, ele coloca em pauta a ideia de que as obras de arte não têm um sentido único - não, não somos obrigados a encaixar quadros em molduras tradicionais como se fôssemos colecionadores de selos! O autor sugere que a interpretação deve ser aberta e que as possibilidades de leitura são quase infinitas, tal como tentar decifrar os mistérios de um filme do David Lynch.

Agora, ama ou odeia, mas não dá para negar: se você se liga em arte e filosofia, a leitura é fundamental para entender a questão através da ótica da distribuição do sensível - e, por favor, não me peça para explicar isso sem um glossário, porque a coisa é densa!

E se você ainda não sentiu que precisa ler esse livrinho de 80 páginas recheado de ideias incisivas, saiba que "O inconsciente estético" é um convite para que você olhe para o que está à sua volta com novos olhos, e não só para as cores das paredes da sua sala. Mas fique tranquilo, não vamos revelar mais spoilers que isso; a experiência é sua e, como disse Rancière, o mundo da arte é vasto e cheio de surpresas. Então, vai lá, pegue um café e invite a filosofia para hoje à noite!

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.