Resumo de A queda, de Albert Camus
Mergulhe nas reflexões de A Queda, onde Clamence explora culpa e hipocrisia em uma narrativa filosófica de Albert Camus.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2025
Se você sempre sonhou em ser um advogado de defesa em uma cidade cheia de moralidade duvidosa e pessoas com sérios problemas existenciais, bem-vindo ao mundo de A queda! Albert Camus, o filósofo que é a mistura perfeita de Sartre com uma pitada de Melancolia, nos apresenta a história de Jean-Baptiste Clamence, um ex-advogado de Paris que resolveu descer o nível e se jogar em Amsterdã, como se a vida fosse um grande canal de água suja.
Clamence, nosso protagonista, é um sujeito que, em sua vida anterior, se achava um bon vivant, repleto de conquistas e deslumbres. Mas, ah! Como lhe falta humildade! Ele se via como um verdadeiro herói, um salvador da pátria com um pé na hipocrisia. Depois de uma série de acontecimentos, incluindo um evento bem peculiar que envolve uma mulher e um grito no meio da noite, nosso amigo decide se transformar em um "juiz-penitente". E, sim, isso é tão conveniente quanto soa.
Como um verdadeiro filósofo dos barros, Clamence começa a explorar sua própria vida e seus erros, em uma narrativa que gira em torno de opiniões e autoanálises que fariam qualquer terapeuta se sentir ameaçado. Ele se torna um especialista em dar conselhos, mas você pode notar que ele mesmo é um desastre ambulante! O que ele mais faz é falar e falar, sem parar, enquanto tenta convencer a si mesmo, e ao leitor, que todos somos iguais em nossa hipocrisia.
No meio de suas divagações, Clamence faz reflexões sobre culpa, liberdade e, claro, o peso da responsabilidade. Ele analisa a podridão da sociedade e como todos nós, de certa forma, somos cúmplices desse sistema que prega a bondade, mas se alimenta da maldade. Spoilers à vista: ele revela que no fundo, ele é só mais um anti-herói que vive em um mundo onde a moral já foi para as cucuias e a ética é apenas uma linda lembrança.
A Queda é, portanto, uma viagem sem escala ao abismo da consciência humana e, claro, de um coração que já foi um dia esperançoso. É uma leitura que nos leva a questionar: afinal, quem não tem um pouco de Clamence dentro de si? No final, o que fica é um misto de risadas e reflexões sombrias. Então, prepare-se para descer de vez para as profundezas da mente humana e, quem sabe, sair um pouco melhor (ou pior) na próxima volta ao epicentro da sua própria queda.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.