Resumo de Diário do Ano da Peste, de Daniel Defoe
Mergulhe na narrativa intensa de 'Diário do Ano da Peste', onde Daniel Defoe retrata a luta humana contra a epidemia de 1665 em Londres.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2025
Se você está em busca de um pouco de drama, realismo e uma inacreditável dose de pandemia, o Diário do Ano da Peste é o livro ideal. Escrito em 1722 (não, não está errado, estamos em 2023!), Daniel Defoe nos dá um vislumbre de como era enfrentar uma epidemia na Londres de 1665, e pode apostar: não foi nada fácil. A história é narrada sob a perspectiva de um observador não muito diferente de você, mas muito mais preocupado com a peste bubônica do que com quem vai ganhar a próxima edição de "A Fazenda".
Defoe, que não era só um romancista, mas também um verdadeiro repórter de seu tempo, nos presenteia com anotações e reflexões sobre os horrores da peste, como se ele tivesse decidido ser o diário de alguém, mas de um alguém que tinha um certo talento para dramatizar as coisas. Afinal, quem não gostaria de estar em casa se perguntando se o vizinho que tossiu ontem seria a razão de sua próxima visita ao mundo dos mortos?
A narrativa é rica em detalhes e eventos, seguindo os passos da epidemia enquanto a cidade se enche de pânico, quarentenas, mortes e um número excessivamente alto de relatos de cidadãos que, ao invés de limitarem seus passeios, saíam para avisar a todos que era melhor ficar em casa. Então, você se pergunta: "Mas e a festa? A crise? A vida?!" Ah, meu caro, todas essas atividades foram diretamente suspensas no "sai pra lá, peste!" O caos prevaleceu!
O autor nos conta, ainda, sobre as reações de todos os tipos de pessoas diante da calamidade. Temos desde aqueles que acreditam que a peste é um castigo divino e se atiram em orações fervorosas, até os que simplesmente tentam lucrar com a situação vendendo remédios "milagrosos" (que eram, na melhor das hipóteses, um pouco de água com açúcar). Aqui podemos ver o surgimento da ideia de fake news, mesmo que não usassem esse termo na época. Spoiler: nenhum desses "remédios" funcionou. Que surpresa, não é mesmo?
À medida que o diário avança, Defoe também testemunha o colapso da sociedade inglesa, e suas observações se tornam mais sombrias e reflexivas. O medo e a morte são onipresentes, e mesmo os mais corajosos começam a sentir o peso da realidade. O que era uma escrita leve e direta torna-se um manto pesado de desespero. De tempos em tempos, ele ainda espanta os leitores com relatos sobre como as pessoas se apegam à vida e aos últimos momentos de normalidade. Uma verdadeira montanha-russa de emoções.
E enquanto Londres se aproxima do desfecho da epidemia e as coisas começam a voltar ao "normal" (ou o que sobrou dele), o autor encontra um espaço para refletir sobre a resiliência humana, que é, acreditem se quiser, repleta de esperança. Uma lição preciosíssima para nossos dias contemporâneos. Esse "normal" do Defoe parece muito com o nosso: o sempre presente desejo de não saber o que vem a seguir.
Então, se você está pensando em fazer uma maratona de leitura com livros que falam sobre pandemias, Diário do Ano da Peste é uma escolha que vai te fazer refletir. Não só pelos eventos narrados, mas pelo jeito desesperadamente humano que as pessoas encontraram para lidar com a situação da época, que poderia ser um reflexo do que estamos vivendo agora. Afinal, se não podemos superar tudo isso com um pouco de humor e reflexão, qual o sentido de viver em um mundo de pandemias, não é mesmo? Prepare-se para rir, chorar e, principalmente, para ponderar sobre a vida e a peste!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.