Resumo de As Metáforas Farmacoquímicas que Vivemos. Ensaios de Metapsicofarmacologia, de Orlando Coser
Mergulhe nas reflexões provocativas de Orlando Coser em 'As Metáforas Farmacoquímicas que Vivemos'. Uma leitura que desafia suas percepções sobre saúde mental.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2025
Ah, As Metáforas Farmacoquímicas que Vivemos. O título já dá aquele ar de que você vai precisar de um dicionário e de uma xícara de café bem forte para sobreviver a essa jornada. Vamos lá entender o que o autor Orlando Coser traz nessa obra que promete te levar para um passeio pela metapsicofarmacologia, que é uma palavra que soa complicada, mas não se preocupe, eu vou traduzir tudo para o português da esquina.
Em primeiro lugar, o livro é um verdadeiro laboratório de ideias. Coser traz uma reflexão sobre como as substâncias químicas - como os remédios que você toma para passar o dia - influenciam a nossa mente e, consequentemente, a nossa vida. É aquela velha história: "o que não mata, engorda" é aqui adaptado para "o que não te deixa catatônico, pode te fazer pensar um pouco mais sobre a vida". O autor divide seu trabalho em ensaios que misturam filosofia, psicologia e, claro, um toque de química.
Coser brinca com a noção de que as metáforas que usamos da química para explicar nossas emoções são, na verdade, parte da nossa construção social. Você já se pegou falando que algo "fermentou" em você? Pois é, essa é uma metáfora que ganha novas cores quando analisada sob o olhar do autor. Em um dos ensaios, ele discorre sobre a ideia de que estamos sempre buscando um "drogas para a alma", ou seja, nós, meros mortais, ainda estamos à procura da poção mágica que resolverá todos os nossos problemas emocionais.
Outro ponto interessante apresentado no livro é a crítica à medicalização da vida moderna. Aqui, Coser questiona se realmente precisamos de uma pílula para tudo. Sua abordagem é quase como um amigo que, após ter estudado e refletido, aparece na sua casa e diz: "Ei, você já pensou que talvez você só precise fazer uma caminhada e tomar um sol na cara ao invés de aumentar a dose do antidepressivo?". É uma provocação e tanto!
Os ensaios também fala sobre a relação entre o sujeito e a sociedade. Afinal, se vivemos em uma sociedade que valoriza o sucesso a qualquer custo, que pressão é essa que nos leva a buscar químicos para nos adaptarmos? Um ensaio memorável é o que discorre sobre os "drogas sociais", aqueles comportamentos que cultivamos por pressão do meio. Coser sugere que, chegamos a um ponto em que a gente não sabe mais se está tomando remédio ou se é o próprio remédio que está tomando a gente.
Sem dar muitos spoilers (calma, não estou aqui para estragar a sua experiência), o autor nos leva a refletir sobre a possibilidade de que uma abordagem mais holística da saúde mental, uma que não dependa exclusivamente de fármacos, pode ser o caminho. Afinal, o que é saúde se não a busca frenética por equilíbrio entre corpo, mente e as mil obrigações sociais que nos cercam?
Portanto, se você está em busca de uma leitura que vai te fazer questionar a própria existência enquanto dá risadas involuntárias de como a vida é louca, As Metáforas Farmacoquímicas que Vivemos é uma boa pedida. Coser faz o serviço de juntar tudo isso em um pacote cheio de análises e reflexões que podem mudar sua perspectiva sobre a forma como tratamos nossas "doenças do ser".
Em resumo, prepare-se para um passeio pela combinação de química, filosofia e uma pitada de psicologia. É um livro que não deve ser lido às pressas, porque as palavras de Coser são como aquelas pílulas que prometem tudo, mas é preciso um pouco de tempo e reflexão para que façam efeito.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.