Resumo de Mandrake - a Bíblia e a bengala, de Rubem Fonseca
Mergulhe na trama alucinatória de Mandrake, onde ironia e sarcasmo se misturam à decadência humana e dilemas morais em São Paulo.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2025
Prepare-se para uma viagem alucinatória pela mente do grande Rubem Fonseca, onde o protagonista, o detetive Mandrake, se vê enredado em uma trama que vai além do simples mistério. Nesse livro, Mandrake é mais do que um mero investigador; ele é um poço de ironia, sarcasmo e, claro, algumas batidinhas de bengala, que o ajudam a atravessar os desafios que a vida lhe impõe.
A narrativa começa com Mandrake imerso na São Paulo dos anos 1990, uma cidade suja, caótica e cheia de segredos. Aqui, a Bíblia é de fato um personagem coadjuvante, pois os versículos ficam na sombra, enquanto a ação e a decadência humana se tornam o foco. É claro que, na visão de Fonseca, a religião pode não ter um papel muito glamuroso e é melhor ser usada como uma bengala metafórica em meio ao caos. Afinal, quem precisa de moralidade quando se tem uma cidade recheada de personagens intrigantes?
O detetive é chamado para investigar uma série de crimes, mas, como você já deve adivinhar, isso não é simples. À medida que a trama se desenrola, ficamos com a sensação de que Mandrake é aquele amigo que todo mundo tem: cínico, sarcástico, mas, no fundo, sempre do lado certo (ou nem tanto). Ele vai se envolvendo com uma galeria de personagens excêntricos que vão desde líderes religiosos até malandros, todos tentando se aproveitar da situação uns dos outros. O jogo é mortal!
Spoiler: Ao longo do livro, Mandrake enfrenta dilemas morais e questões existenciais - porque, claro, a vida de um detetive não seria divertida sem algumas crises existenciais, não é mesmo? Eventualmente, ele descobre que a Bíblia não é só um manual de ética, mas também uma fonte de hipocrisia para muitos que se dizem religiosos.
O humor de Fonseca brilha ao expor a hipocrisia e a criminalidade que permeiam a sociedade, deixando a leitura tão apimentada quanto uma conversa de bar entre amigos que se conhecem há décadas. A umidade das ruas, os ícones religiosos distorcidos e a mente complexa de Mandrake fazem desse livro uma análise afiada do ser humano, onde nenhum personagem é completamente bom ou mau.
Por fim, Mandrake - a Bíblia e a bengala é um convite a mergulhar no submundo da moralidade falha e das relações interpessoais disfuncionais, onde mesmo a reflexão sobre a vida e a morte pode ser feita entre risadas e críticas. Então, pegando emprestado um versículo ou dois da Bíblia, mas adaptados à realidade crua, Mandrake nos lembra que, às vezes, a verdade é tão complexa quanto encontrar um sinal de Wi-Fi em um dia chuvoso.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.