Resumo de O Castelo, de Franz Kafka
Mergulhe na absurdidade de 'O Castelo', de Franz Kafka, e descubra a jornada kafkiana de K. em busca de reconhecimento e sentido na vida.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você está pensando em entrar em um castelo e se tornar um nobre, pode esquecer essa ideia! Em "O Castelo", de Franz Kafka, você vai descobrir que a vida de um agrimensor que vai atrás de seus direitos é quase um episódio de comédia, se não fosse pelas doses cavalares de absurdo e desespero.
A história começa com K., nosso protagonista de moral questionável e habilidades sociais mais duvidosas ainda. Ele chega a um vilarejo, cheio de esperanças e sonhos, como um personagem secundário em um filme de terror, procurando nada menos que o castelo que dá nome ao livro. Mas a trama logo nos ensina que esses sonhos são tão realistas quanto a possibilidade de um cachorro voar. K. quer entender por que está ali e, principalmente, obter uma autorização dos senhores do castelo. Porém, a única coisa que ele consegue é uma série de portas fechadas e olhares desconfiados.
Os habitantes locais são tão confusos quanto os jovens do TikTok. Eles falam como quem sabe de tudo, mas não fazem ideia do que está acontecendo. É nessa montanha-russa de interações sociais, fundamentadas no não-saber, que K. descobre que o burocrático sistema do castelo é um verdadeiro labirinto que te faz sentir que você está jogando um jogo de tabuleiro sem as regras escritas. E se você acha que as coisas vão melhorar, spoiler: não vão!
A trama é basicamente a jornada de K. que, na busca pela burocracia e reconhecimento - sim, aquela dos ~por favor, preencha o formulário~ - acaba se envolvendo com figuras estranhas e se perdendo em discussões sem fim. Cada conversa, cada tentativa de desvendar os mistérios do castelo, é uma nova camada de absurdos que só nos faz perguntar: "como assim?". A comunicação é falha, as relações são tensas e o nosso querido protagonista parece mais um peão em um jogo de xadrez onde o único movimento é o de retroceder.
Ao longo do livro, K. vai de um lado para o outro, sendo rejeitado por praticamente todos que encontra. E ele, coitado, parece ter um talento especial para ser mal interpretado. Seus esforços se tornam cada vez mais patéticos à medida que ele se dá conta de que, na verdade, não há castelo, ou que ele é apenas uma miragem no deserto de sua mente. O que era uma busca por aprovação se transforma em um pesadelo existencial, porque, afinal, quem pode se dar ao luxo de ter certeza de alguma coisa no mundo kafkiano?
E como se já não bastasse toda essa situação kafkiana, temos as mulheres do livro, que, apesar de sua presença marcante, são tão enigmáticas quanto as respostas sobre o funcionamento do sistema - ou seja, bastante complicadas. K. se envolve romanticamente, mas isso só traz mais confusão e um leve sabor de frustração, tipo aquele café que você pediu para experimentar e, ao provar, descobre que é sem açúcar.
No fim, "O Castelo" é um retrato perfeito do nosso absurdo cotidiano. Um teste de paciência e autoconhecimento em um mundo que não faz sentido. O recado é claro: a busca pelo reconhecimento pode te levar a um grande nada, tão vazio quanto o conteúdo de uma caixa de pizza depois da festa que você não foi convidado. Portanto, se você planear instalar-se em um castelo, esteja consciente de que pode acabar na porta da sua própria casa, sem chaves e sem direção.
Então, antes de se arriscar em suas próprias aventuras burocráticas, lembre-se: o castelo está lá, mas a entrada pode estar trancada para sempre.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.