Resumo de A guerra que não acabou: a reintegração social dos veteranos da Força Expedicionária Brasileira (1945-2000), de Francisco César Alves Ferraz
Entenda como a reintegração dos veteranos da FEB se transforma em uma luta por reconhecimento e identidade em 'A guerra que não acabou'.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2025
Prepare-se para uma viagem na máquina do tempo e na guerra das palavras! "A guerra que não acabou" é uma obra que se propõe a discutir um tema bastante sério e recheado de emoções: a reintegração social dos veteranos da Força Expedicionária Brasileira, ou FEB, que lutaram na Segunda Guerra Mundial. Imagine você, um jovem soldado que deixou seu lar, seus sonhos e, quem sabe, até uma marmita quentinha, para ir para o front, e depois voltar sem saber como seria recebendo nessa sociedade que, vamos combinar, nem estava lá muito preocupada com o que aconteceu do outro lado do Atlântico.
O autor, Francisco César Alves Ferraz, faz um trabalho bem honesto em apresentar o que rolou com esses veteranos de 1945 até 2000. A narrativa é repleta de dados e testemunhos que mostram como, após a guerra, muitos desses brasileiros voltaram a um ambiente que não parecia muito disposto a acolhê-los de braços abertos. É tipo chegar em casa e descobrir que a festa acabou e todos foram embora. Spoiler: eles não tinham nem um "Oi, você está bem?" quando voltaram.
Ferraz foca em diversos aspectos da reintegração, desde a saúde mental dos veteranos até a questão da memória coletiva. Sim, porque se tem uma coisa que o povo gosta é de esquecer rapidamente as coisas que não são convenientes. E como o autor argumenta, muitos veteranos se sentiram invisíveis. A sociedade os ignorava, e isso não é uma sensação legal. Imagine tentar contar suas histórias de bravura e, em vez disso, ofertar um "Opa, tudo bem, agora me conta como foi a jornada na fila do banco".
As questões que o autor aborda são tão variadas quanto uma feijoada: desde previdência social até o acesso a serviços de saúde, e mais, como a falta de reconhecimento pelos feitos heroicos. É praticamente como uma novela dramática em capítulos, onde os veteranos viram coadjuvantes da própria história.
Um ponto alto da obra é a análise da formação da identidade dos veteranos, que, ao longo dos anos, tentaram se reerguer em um cenário que parecia muitas vezes hostil. É doloroso, mas honesto. O autor também destaca iniciativas de grupos que tentaram ajudar esses homens (e mulheres, quem sabe?) a se reintegrar no mercado de trabalho e na sociedade em geral. Ou seja, nem tudo está perdido e existem pessoas com boas intenções.
À medida que os anos passam, a obra de Ferraz mostra que a guerra não acaba quando as balas param de voar. Os enfrentamentos continuam a ecoar na vida dessas pessoas, que lutaram para encontrar seu espaço de novo na sociedade, e essa é uma batalha tão importante quanto a que enfrentaram nas trincheiras da Itália. No fim das contas, o que fica é a reflexão sobre como a sociedade pode - ou não - acolher aqueles que defenderam seus valores e sua pátria.
Assim, A guerra que não acabou se torna um importante registro da trajetória dos veteranos da FEB, fazendo com que olhemos para o passado com um toque de empatia e, quem sabe, uma boa dose de comprometimento para com o presente e o futuro. E sim, vai valer a pena abrir seu coração (e sua mente) para essa reflexão! Afinal, mesmo sem balas, a guerra da reintegração social continua, e cada um de nós pode ser um pouco mais solidário.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.