Resumo de Esquerda Caviar, de Rodrigo Constantino
Explore a crítica afiada de Rodrigo Constantino em 'Esquerda Caviar', que expõe a hipocrisia da elite que se diz defensora da justiça social.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2025
Se você achou que o termo esquerda caviar se referia a um novo prato gourmet da gastronomia contemporânea, sinto informar que você está tão distante da verdade quanto o sol está da lua. Rodrigo Constantino, com sua prosa afiada e bem-humorada, nos apresenta um apanhado de críticas e reflexões sobre a chamada esquerda no Brasil (ou seria uma elite que se diz esquerda?), aquelas pessoas que, enquanto discursam sobre desigualdade social, estão, na verdade, saboreando seu sushi e seu caviar do lado de cá do Atlântico.
O autor começa o livro flertando com a história da esquerda brasileira e seu vínculo com o capitalismo, uma relação tão complexa quanto a de um romântico não correspondido. Constantino aponta que muitos dos que se dizem defensores dos oprimidos acabaram se tornando a própria elite que tanto criticavam, vivendo em seus castelos de cristal e despachando ideais de justiça social como se fossem pratinhos em uma festa de aniversário. O que seria isso se não uma hipocrisia de classe?
Ao longo das páginas, ele aborda temas como o crescimento do assistencialismo, que, se você pensa que resolve problemas sociais, melhor preparar o seu coração para a verdade: muitas vezes, ele apenas perpetua a dependência econômica. É como dar um peixe ao necessitado em vez de ensiná-lo a pescar, embora eu ache que isso signifique só trocar o peixe por algum outro tipo de iguaria cara.
Um dos pontos altos do livro é a crítica direta a figuras públicas que se posicionam como paladinos da justiça social, enquanto se cercam de conforto e privilégios. E aqui vai mais um spoiler: Constantino consegue, com uma boa dose de ironia, expor a fragilidade das suas ideologias. Ele cita casos de figuras que, do lado de fora, promovem revoluções sociais, mas, por trás das cortinas, vivem como se estivessem em uma ostentação do "só quem ama o próximo é que pode sofrer um pouquinho, mas não muito".
O autor também não deixa passar batido as políticas públicas que, segundo ele, mais parecem promessas de um palhaço em um circo. O Estado, prometido como o salvador da pátria, acaba sendo o principal responsável por agravar a situação dos menos favorecidos. Ou seja, a esperança vai lá em cima, mas a realidade dá um tapa na cara.
Rodrigo Constantino termina sua obra com uma reflexão que, convenhamos, é mais gostosa que sobremesa: será que a esquerda conseguirá realmente se reformular ou vai continuar a brincar de médico sem diploma? Fica aqui a pergunta: quem são os verdadeiros defensores dos pobres? É bem possível que você não escute a resposta enquanto estiver mastigando seu caviar.
Em suma, Esquerda Caviar é uma leitura que provoca risadas, reviravoltas na mente e, com certeza, vai te deixar pensando onde estão seus princípios. E, se você combina política com gastronomia, prepare-se para se deliciar com essa crítica social temperada com ironia e inteligência!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.