Resumo de As Viúvas de Eastwick, de John Updike
Em 'As Viúvas de Eastwick', John Updike explora a sedução do poder feminino em uma narrativa cheia de ironia e magia. Conheça essa história instigante!
domingo, 17 de novembro de 2024
Ah, As Viúvas de Eastwick! Uma obra que poderia ser chamada de "As Três Bruxas de Eastwick", se não fosse por esse nome todo pomposo de Updike. Aqui, em vez de vassouras e poções mágicas, encontramos uma mistura explosiva de feminismo, poder e um toque de feitiçaria, muito embora a única coisa que está realmente sendo fervida é o tempero das intrigas sociais.
A história se passa em Eastwick, uma cidade aparentemente pacata, mas que esconde mais segredos do que você poderia imaginar, mesmo que pareça mais um cenário de filme dos anos 80. O trio de protagonistas - Alexandra, Jane e Sukie, que mais parecem uma versão moderna das bruxas de Salem, mas sem a fogueira - se vê em um enredo que mistura magia, sexo e uma boa dose de machismo. Aliás, elas têm muito a ensinar a esses maridos enfadonhos que só servem para atrapalhar a vida delas.
Essas três mulheres, em um momento de tédio extremo e, claramente, uma overdose de cafeína, começam a descobrir o poder que possuem e como isso pode ser usado para um bem muito pessoal (ou nem tanto). Imagine que você tem a capacidade de mexer com a mente dos homens a seu redor. É, meus amigos, um espetáculo! E, como toda boa história de bruxas, elas acabam atraindo um forasteiro que, no lugar de uma carruagem, chega em um conversível brilhante e de olhos penetrantes. Dá-lhe apostador alienígena!
Esse forasteiro, Daryl Van Horne - que parece ter saído de um catálogo de homens perigosos - conquista as três com seu charme e promessas de liberdade e prazer. Ah, a sedução do desconhecido! As Viúvas rapidamente se rendem ao seu magnetismo, mas isso só piora as coisas e as transforma em verdadeiras catástrofes sociais. Entre um escândalo e outro, elas acabam se metendo em várias confusões que vão de boatos sussurrados até atos muito mais sombrios.
Spoiler Alert! Se você pensou que haveria um desfecho tranquilo, permita-se sorrir: ao final, o vilão não é quem parece ser, e as viúvas têm que se confrontar com suas próprias escolhas e o poder que conquistaram, que, a essa altura, parece mais uma faca de dois gumes. O que elas ganham? Um empoderamento crucial, mas, como toda boa história, também traz seus riscos e efeitos colaterais.
A narrativa de Updike é bem humorada, irônica e, ao mesmo tempo, mordaz. Ele conduz os personagens por um caminho de descoberta e questionamento sobre o que significa ser mulher em uma sociedade que adora policiar suas ações. Mesmo no luto pela morte dos seus casamentos (ou, vá lá, relações de conveniência), elas se reinventam e enfrentam suas angústias de maneiras nada convencionais.
No fundo, As Viúvas de Eastwick é um lembrete de que o patriarcado pode se sentir seguro, mas isso nunca é garantido quando se tem três mulheres decididas a se libertar das correntes que tentam prendê-las. Com um toque de magia, um pouco de romance e bastante ironia, Updike diverte, critica e provoca, tudo ao mesmo tempo. E, cá entre nós, quem não gostaria de ser uma bruxa num mundo tão sem graça?
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.