Resumo de Allegro ma non troppo: ambiguidades do riso na dramaturgia de Oduvaldo Vianna Filho, de Thaís Leão VIEIRA
Mergulhe nas nuances do riso na obra de Oduvaldo Vianna Filho. Descubra como a comédia revela críticas sociais profundas em Allegro ma non troppo.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2025
Se você já parou para pensar que o riso é capaz de esconder profundidades até então insondáveis e que, às vezes, a comédia pode ser tão trágica quanto uma novela da sua tia, então você está prestes a conhecer um mundo fascinante (e bem debochado) através de Allegro ma non troppo. Neste estudo ravilosamente provocante, Thaís Leão Vieira nos apresenta as nuances do riso na dramaturgia de Oduvaldo Vianna Filho, um dos nossos maiores dramaturgos brasileiros.
Começamos a nossa jornada no universo de Oduvaldo, que não só nos presenteou com personagens icônicos, mas também viu no riso uma ferramenta para criticar a sociedade e expor os absurdos da vida. Para ele, não existe risada sem um subtexto, e olha que há muito subtexto por aqui! A obra se propõe a entender como os sorrisos no palco têm muito mais a oferecer do que apenas momentos de descontração.
Então, o que encontramos nessa análise? Primeiro, Thaís nos apresenta as características do teatro de Oduvaldo, que vai além do mero entretenimento, como um bom pastel de feira. Ele revela a complexidade do ser humano através do humor. E, acredite, Oduvaldo tem um talento especial para misturar comédia e tragédia, fazendo você rir e ao mesmo tempo questionar suas próprias angústias - exatamente como suas encenações.
O livro ainda aborda a ambiguidade do riso, mostrando que fazer rir pode ser uma faca de dois gumes. O riso pode ser tanto um bálsamo para as dores da vida quanto uma ferramenta para instigar reflexões mais profundas, como um trocadilho que faz você se perguntar se deveria ter rido ou chorado. Vou deixar aqui uma dica: esteja preparado para descobrir que muitas vezes o riso vem acompanhado de uma crítica mordaz à sociedade, como um mosquito na piscina.
Outro ponto que merece destaque é a análise das personagens de Oduvaldo, verdadeiros arquétipos que transitam entre o cômico e o trágico. Imagine um personagem que é a própria definição do "cômico trágico", onde suas desventuras fazem o público rir, enquanto ele enfrenta o caos da vida real. Nessa pièce de résistance da dramaturgia, Oduvaldo mostra que o humor é uma representação do cotidiano angustiante e, por isso, profundamente humano - ou seja, o sonho de qualquer terapeuta!
A obra é recheada de reflexões e provocações. Será que o riso é um sinal de felicidade? Thaís nos convida a refletir sobre isso e muito mais. Mas cuidado, spoiler à vista: mesmo quando a história parece a mais leve das comédias, sempre há um fundo de verdade que nos faz questionar se, no fundo, não estamos todos vivendo uma grande tragédia com toques de pastelão.
Por fim, Allegro ma non troppo é um convite a mergulhar na complexidade do riso em Oduvaldo Vianna Filho e a entender como ele se expressa na dramaturgia. Uma leitura imprescindível para quem busca compreender o que realmente significa rir com (e de) a vida, enquanto fica com aquela sensação de que a risada disfarça, muitas vezes, nosso mais profundo desespero - porque, cá entre nós, quem não se divertiu chorando escondido?
E assim terminamos nossa jornada! Prepare-se para olhar para o teatro brasileiro com um novo par de óculos - aqueles que te fazem rir, mas também te fazem pensar.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.