Resumo de Em defesa de Nuestra América Antropofágica: A afirmação identitária latino-americana nos discursos de José Martí e Oswald de Andrade, de Fernanda Oliveira Filgueiras Santos
Mergulhe na análise de Fernanda Oliveira sobre a identidade latino-americana, unindo as vozes de José Martí e Oswald de Andrade com humor e crítica.
quarta-feira, 29 de janeiro de 2025
Se você achou que "Em defesa de Nuestra América Antropofágica" ia ser um título de receita de um chef latino que adora misturar comida, lamento frustrá-lo! Aqui, o prato que Fernanda Oliveira Filgueiras Santos vai servir é muito mais apimentado: uma deliciosa análise da identidade latino-americana, mergulhando fundo nas ideias de dois grandíssimos pensadores: o cubano José Martí e o brasileiro Oswald de Andrade.
Nesse banquete cultural, a autora apresenta os conceitos de antropofagia cultural (calma, não é sobre devorar colegas de trabalho!) propostos por Andrade, e a proposta de uma identidade latino-americana defendida por Martí. Em suma, ela mostra como os dois pensadores, de forma bem diferente, se preocupam com a busca de uma identidade própria, longe dos padrões europeus que sempre apareceram como a "refeição principal".
Martí, por um lado, fala do amor por uma América que, apesar de ser uma colcha de retalhos, precisa se unir e se afirmar. Ele mira com laser na necessidade de uma identidade que seja nossa, não dos outros. Já Oswald, o "antropófago" por excelência, diz para todo mundo parar de querer imitar os europeus e "mastigar" as influências culturais, transformando-as em algo novo e, claro, extremamente brasileiro. Assim, a antropofagia cultural se torna não só uma estratégia, mas um estilo de vida. Basicamente, é como fazer uma feijoada com os ingredientes da culinária estrangeira: mistura tudo e, se der certo, serve com orgulho!
Ao longo do livro, Fernanda discorre sobre como essas ideias ainda são pertinentes em um mundo onde temos um festival de culturas se misturando e se chocando. A autora nos leva a pensar: e se fossem os latinos comendo as tradições dos outros? Toma lá uma análise afiada e bem humorada sobre a diversidade cultural que vagarosamente (ou de forma devoradora, como pretendem os antropófagos) se constrói na América Latina.
Além disso, Fernanda não se segura e explora as reações e os desdobramentos que essas ideias provocaram, questionando o que caracteriza realmente uma identidade latino-americana. Ou seja, é uma viagem (de ônibus lotado, mas cheia de histórias) pela formação cultural, enquanto se faz uma crítica ao colonialismo cultural que ainda está na mesa.
E aqui vai uma sobremesa: o livro não é só recheado de teoria, mas também traz uma narrativa que faz você querer pedir mais, meio que como aquele docinho que não cansa de aparecer nas festas familiares, mesmo você sabendo que não deve. Em suma, a leitura revela que os discursos de Martí e Andrade são como um par de almozadas de um sofá descolado da sala da avó: diferentes, aconchegantes, mas que juntos fazem você se sentir bem-vindo e em casa.
Por último, não se esqueça de que este é um resumo, não um spoiler. Se você se sentir tentado a saber mais sobre as implicações práticas e as críticas culturais que a obra sugere, mergulhe no livro e descubra como nossas culturas têm muito mais a oferecer do que simplesmente seguir receitas de identidade pré-fabricadas!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.