Resumo de Pobre Cardeal!, de Machado de Assis
Mergulhe na crítica social de Machado de Assis em 'Pobre Cardeal!'. Uma narrativa rica em humor e ironia que revela as futilidades das aparências.
quarta-feira, 29 de janeiro de 2025
Ah, Pobre Cardeal!, obra do mestre Machado de Assis, é um pequeno grande conto que, como toda boa história do autor, nos engana com suas aparências singelas. Publicado em 2012, mas na verdade um "ressuscitar" de uma escrita que passeia pelo século XIX, esse conto tem cheiro de café e um humor mordaz que caracteriza o grandioso Machado. Então prepare-se, pois vamos lá!
Começamos a trama com um cardeal, sim, aquele tipo de figura religiosa que já viu e ouviu de tudo. Este cardeal, por sinal, está mais perdido que cego em tiroteio. Ele vive os dramas de quem ocupa um título pomposo, mas, quando vai verificar sua conta no banco, percebe que o saldo não é dos melhores. A hipocrisia da vida clerical e seu status são os temas centrais desta narrativa que faz crítica fina à sociedade da época - e, convenhamos, à de agora também.
Logo, o cardeal tenta manter as aparências. Imagina a cena: um homem de batina, toda a pompa do cargo, mas com uma dívida saltando da calça. Ele entra num ciclo sem fim de tentar se manter respeitável diante dos outros, enquanto a sua vida financeira se desmorona lentamente. Olha, se ser cardeal era sinônimo de sabedoria e riqueza, nosso amigo aqui apenas se esqueceu de avisar o banco!
A parte mais cômica da história é a forma como o cardeal lida com as situações embaraçosas que surgem. O leitor se vê em gargalhadas, pois o personagem, ao invés de se dar conta da sua própria desgraça, se justifica através de uma série de pensamentos contraditórios, chegando a convencer-se de que aquilo tudo faz parte do seu alto nível espiritual. Ele, claro, merece respeito, e quem se importa com a grana, não é mesmo? Isso seria "materialidade", ou como diria Machado, um pecado.
No desenrolar do conto, nosso cardeal se depara com um antigo amigo que, além de tudo, é um banqueiro. Ah, a ironia do destino! Aqui temos um prato cheio para a crítica social, onde a amizade e a hipocrisia se misturam nas conchinhas da elite. É um baile de máscaras digno de uma comédia de costumes!
Spoiler alert para quem não quer saber: o final nos surpreende e revela que a farsa do cardeal não é apenas uma comédia particular, mas um reflexo de como a sociedade valoriza mais as aparências do que os valores reais. Em vez de lutar contra os problemas financeiros, ele acaba se afundando ainda mais nessa bolha de ilusões e autoengano.
Pobre Cardeal! é, sem dúvida, uma pérola da literatura, repleta de sutilezas e ironias que só Machado de Assis sabe fazer. As lições de moral sobre a vida, o status e a futilidade das aparências são eternas e sempre relevantes. E aí está a beleza da obra: mesmo com o passar dos séculos, continua a nos fazer refletir - e a rir da tragédia alheia.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.