Resumo de A Europa hipnotizada: a escalada da extrema-direita, de Milton Blay

Mergulhe na análise provocativa de Milton Blay sobre a ascensão da extrema-direita na Europa. Entenda como discursos hipnotizam as massas.

Se você pensou que a Europa era só museus, cafés charmosos e castelos, sinto muito, mas a história não para por aí. Em A Europa hipnotizada: a escalada da extrema-direita, Milton Blay traz uma análise sobre como a extrema-direita se infiltrou no velho continente, fazendo com que muitos se sentissem atraídos por essa onda de discursos inflamados que mais parecem crentes de uma seita, mas que, no fundo, têm mais a ver com trevas do que com qualquer iluminação.

Vamos lá, Blay abre os trabalhos explicando muito bem como a extrema-direita conseguiu deixar de ser uma figura marginalizada para se tornar uma convidada de honra nos grandes banquetes da política europeia. O autor não se segura e logo dá um golpe de mestre, fazendo um histórico da ascensão desses movimentos, mostrando desde as crises econômicas (que, claro, ajudam a dar aquele empurrãozinho em quem quer culpar o imigrante nos problemas), até a influência das redes sociais. Sim, é porque não basta mais ter a cartilha de um partido, agora é preciso fazer propaganda em 280 caracteres!

Blay apresenta ao leitor um cardápio de figuras políticas que parecem ter saído de um filme de terror, como alguns líderes que trazem à tona promessas que vão desde "vamos recuperar o nosso país" a "a culpa é do outro", ou seja, sempre blame the other, a receita tradicional. E, se você acha que isso é só um fenômeno novo, spoiler: não. O autor faz questão de lembrar que esse tipo de discurso sempre teve sua época de glória, mesmo que de forma mais discreta.

E aí ele começa a tocar em temas pesados, como o nacionalismo exacerbado. No fundo, a coisa toda parece uma reunião de amigos que se acham mais espertos que os outros e que adoram um "nós contra eles". O autor faz uma crítica mordaz ao comportamento das massas, que, como bons hipnotizados, vão seguindo o que o guru da vez diz, sem sequer questionar se o caminho escolhido é de fato o melhor.

Porém, Blay não só se limita a criticar, ele também lança um olhar atento sobre o cenário atual e dá dicas sobre como essa escalada pode ser combatida. Para ele, a solução não está em descartar a política, mas em repensá-la e, quem sabe, em se lembrar que diálogo e empatia podem, ainda, ter algum valor.

Conclusão? A Europa hipnotizada é um convite à reflexão, mostrando que a política precisa ser mais do que o pão e circo que muitos ainda oferecem. E se você achou que o tema era só mais do mesmo, a obra de Blay tem o poder de te acordar desse transe. Portanto, não se deixe enganar por discursos bonitos que podem ter pernas longas - e adivinha, a maioria delas geralmente levam a um caminho nada agradável.

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.