Resumo de A Paixão e a Exceção: Borges, Eva Perón, Montoneros, de Beatriz Sarlo
Mergulhe na Argentina literária de Beatriz Sarlo com 'A Paixão e a Exceção', onde Borges, Evita Perón e os Montoneros se entrelaçam em um drama intrigante.
quarta-feira, 29 de janeiro de 2025
Vamos lá, preparar-se para um passeio por uma Argentina repleta de literatura, política e, é claro, algumas polêmicas que dariam um ótimo enredo de novela das oito. Em A Paixão e a Exceção, Beatriz Sarlo sai da caixa para misturar figuras icônicas como Jorge Luis Borges, a eterna Evita Perón e os Montoneros, que são basicamente a versão argentina de uma seita revolucionária, só que mais estilosa e com menos controle de qualidade nas armas. Então, coloque seu chapéu de análise e vamos mergulhar nesse turbilhão de palavras e história!
Sarlo começa sua jornada trazendo à tona o famoso escritor Borges - aquele senhor de óculos que você provavelmente já viu em memes. O autor é conhecido por sua visão insular da Argentina e de suas narrativas fantásticas. Mas aqui, Sarlo faz um exercício bem interessante: alinha sua obra e pensamento à política argentina da época, especialmente um contexto em que a literatura é mais do que arte; ela é um reflexo de um país à beira do abismo. É quase como se Borges estivesse escrevendo seus contos enquanto a Argentina estava em um reality show de angústia política.
Daí, aparece Eva Perón, a diva do povo argentino, que conseguiu, com seu charme e carisma, conquistar não só o coração dos pobres, mas também uma fatia do poder. Sarlo explora como Evita, com sua porção teatral e humanitária, representa um contrapeso aos direitos e às trágicas narrativas. Ela é a paixão ardente, o amor que move multidões e dá voz aos injustiçados. Mas calma! A autora não faz a linha "só elogios". Tem spoilers da vida real, como a crítica ao culto de personalidade e à polêmica forma como Evita foi mitificada. Não é à toa que ela tem o status de ícone.
E então, como se não bastasse, Sarlo joga na mistureba os Montoneros, que podem ser descritos como jovens idealistas armados até os dentes, prontos para lutar pelo que consideravam o bem da nação. Eles surgem em meio a essa agitação cultural e política, fazendo a ponte entre a paixão da literatura de Borges e os dramas sociais que Evita tentava solucionar. Sarlo faz o papel de mediadora desses fatores históricos, costurando a ideia de que a paixão e a exceção estão sempre dialogando. É como se ela estivesse dizendo: "Ei, vamos falar sobre como essas histórias se entrelaçam em um emaranhado macabro de amor, revolução e, claro, um toque de tragédia".
Por fim, o livro é quase um composto químico de vários elementos: literatura, política, amor e crítica social. Sarlo não tem medo de provocar reflexões e discussões sobre o que significa ser argentino - ou, melhor, o que significa a exceção em um país que flutua entre a realidade e o sonho literário.
E se você estava esperando um final digno de novela, aqui vai: enquanto Borges nos dá a faca afiada da ironia, Evita nos eletrocuta com seu magnetismo e os Montoneros nos lembram que um ideal pode ser uma paixão perigosa, Sarlo nos leva a refletir sobre como tudo isso ainda reverbera na nossa realidade atual. Então, se você gosta de tirar chapéus e dar muito nó na cabeça, esteja preparado: esse livro é como um tango - cheio de passos complexos e uma pitada de drama por trás da beleza aparente.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.