Resumo de Não lugares: Introdução a uma antropologia da supermodernidade, de Marc Augé
Viaje com Marc Augé por 'Não lugares' e descubra como a supermodernidade redefine nossos laços sociais e identidades em espaços efêmeros.
quarta-feira, 29 de janeiro de 2025
Prepare-se para uma viagem surpreendente e bastante peculiar com Marc Augé e seu livro Não lugares: Introdução a uma antropologia da supermodernidade. Aqui, o autor praticamente se propõe a ser o Indiana Jones das metrópoles contemporâneas, desbravando espaços que, embora estejam aos montes por aí, ninguém parece (ou quer) notar. _Passagens aéreas vendidas, por favor!_
Augé nos apresenta o conceito de "não lugares" como aqueles espaços que temos de passar, mas que não criamos laços emocionais ou sociais. Sabe aquele aeroporto em que você fica mais tempo aguardando um voo do que com seus amigos no bar? Ou aquelas lojas de conveniência que parecem ter sido projetadas por um robô com uma missão secreta? Esses são os "não lugares" - de acordo com o autor, eles são o retrato da supermodernidade, onde a experiência da individualidade e da coletividade se esvai como água entre os dedos.
O seu livro é dividido em três partes principais. Primeiro, Augé discute a _supermodernidade_, uma época marcada pelo excesso de informações e pela aceleração das trocas sociais. Sabe aquele seu amigo que não para de falar sobre quantos gigabytes cabe na nuvem? Então, é bem isso. O autor explora como nossas vidas se tornam menos enraizadas e mais nômades, como se estivéssemos vivendo incessantemente em modo "Flying Carpet".
Na sequência, ele apresenta exemplos de não lugares, como shopping centers, aeroportos e até mesmo banheiros públicos (porque precisamos de um insumo para nossa discussão, aparentemente). É como se estivesse fazendo uma crítica ao capitalismo globalizado que, ao mesmo tempo em que nos conecta e nos dá acesso a tudo (principalmente àquelas compras que você faz a 1 da manhã), nos isola em ambientes onde não há história, onde a cultura é tão líquida que evaporou. Oi, Netflix, você chegou!
Por fim, o autor dá um giro nem tão revolucionário, mas com uma boa dose de reflexão sobre a identidade e a relação do indivíduo com o espaço. Ele coloca em pauta questões como: "Como reconstruímos nossa identidade em um lugar onde ninguém realmente conhece seu nome?" e "É possível sentir-se em casa em um lugar que não é realmente uma casa?". Spoiler: a resposta pode não ser tão animadora.
Então, se você está buscando uma leitura que vá além de uma simples introdução à antropologia e que também te faça pensar sobre sua própria existência (tá vendo, aquele planejamento de férias no aeroporto faz mais sentido do que parece!), Não lugares é uma viagem que vale a pena. Apenas prepare-se para se questionar sobre onde você realmente está - e se está mesmo a fim de ir para a próxima conexão.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.