Resumo de Obras de D. João Chrysostomo d'Amorim Pessoa Arcebispo e Senhor de Braga Primaz das Respanhas, Vol. 1: Pastoraes Publicadas Durante o Sue Governo na Archidiocese de Gôa, Primaz do Or
Resumo de Obras de D. João Chrysostomo d'Amorim Pessoa Arcebispo e Senhor de Braga Primaz das Respanhas, Vol. 1: Pastoraes Publicadas Durante o Sue Governo na Archidiocese de Gôa, Primaz do Oriente
quarta-feira, 29 de janeiro de 2025
Neste volumoso e resplandecente Compêndio da Era Colonial que é a obra de D. João Chrysostomo d'Amorim Pessoa, encontramos um compêndio de "pastorais" - os famosos "memos" do século XVII, porém, com um toque de pompa e circunstância que só um arcebispo poderia proporcionar. Afinal, quem não ama um bom sermão recheado de moral e espiritualidade a la "Páscoa de chocolate" das igrejas?
Em sua obra, D. João se preocupa em cortar as asinhas do povo que, segundo ele, andava muito livre. Assim, entre pareceres e orientações, ele se instala quase como um avô com um bastão, falando para a gente não vacilar na vida espiritual. Aqui, ele discorre sobre várias questões, desde a correção do comportamento dos fiéis até a defesa da boa conduta, tudo isso enfeitado com uma linguagem que faz qualquer escritor contemporâneo parecer um advogado no tribunal da habilidade.
O livro divulga suas cartas e mensagens, mais conhecidas como pastorais, e é uma verdadeira viagem no túnel do tempo para quem quer entender como a religiosidade e a moral eram discutidas e praticadas em Goa, uma das várias colônias portuguesas. Os tópicos abordados são variados, mas todos têm em comum o objetivo de manter a "moral da história", que, na verdade, deveria ser: "ouça, e não crie confusão".
Esta obra é marcada por um tom de aviso a todos que se atreverem a desviar-se do caminho da retidão. D. João é, sem dúvida, o maior defensor da linha de defesa em nome de Deus e das tradições, mas, ao mesmo tempo, ele parece ter uma leve tendência a ser o "xerife" da arquidiocese, pronto a apitar quando necessário.
Se você está em busca de obras recheadas de benevolência e justiça moral, além de uma pitada de rigidez e um toque de sarcasmo sutil, este livro é uma pérola rara. É como ler um manual de instruções sobre como ser um crente modelo do século XVII, em uma sociedade que, por milénios, se divertiu muito na dancinha do "não posso, mas vou fazer". As orientações de D. João são preciosas, mas pode haver momentos em que o leitor vai rir de nervoso, pensando: "gente, e não é que o homem estava certo?".
Então, prepare-se para se distrair e, quem sabe, encontrar algumas pérolas de sabedoria entre tanto "cuidado com o bubô" e "não seja desonesto". É uma leitura que, apesar de densa, é enriquecedora e pode proporcionar várias reflexões sobre como a moralidade e a religiosidade se entrelaçaram ao longo da história, tudo isso sob a batuta de um clérigo insistentemente minucioso.
E só para não ficar de fora: spoilers aqui são desnecessários, pois esta obra é como um grande e longo sermão - conhecido por muito e, ao mesmo tempo, cheio de passagens intrigantes. Dito isto, boa leitura e que cada palavra do Arcebispo sirva para iluminar sua caminhada!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.