Resumo de Devir Cachorra, de Itziar Ziga
Mergulhe na reflexão provocativa de 'Devir Cachorra', onde Itziar Ziga desafia normas sociais e celebra a liberdade feminina com humor e autenticidade.
quarta-feira, 29 de janeiro de 2025
Se você está pensando em entrar no mundo de Devir Cachorra, da talentosa Itziar Ziga, esteja preparado para uma viagem insólita e sem coleira. O livro é uma mistura de reflexão filosófica, ensaio e um tanto de autocuidado sob a perspectiva de se tornar "cachorra". E, claro, não estamos falando da sua vizinha que não para de latir no portão.
A obra começa nos introduzindo à ideia do "devir", um conceito que vem de Deleuze e se propõe a nos fazer refletir sobre a transformação constante. A autora nos convida a explorar a insaciável curiosidade das cadelas (porque, convenhamos, elas são bem mais interessantes que muitos seres humanos) e questiona por que não podemos nos permitir também essa liberdade de ser - em constante mutação e descoberta.
Ziga nos arrasta pela narrativa fazendo um paralelo entre questões de gênero e a imagem canina. Sim, você leu certo! A ideia é deixar para trás as expectativas sociais e a rigidez das normas que muitas vezes nos prendem. Afinal, quem disse que devemos ser sempre as senhoras comportadas e certinhas que a sociedade espera? Ao contrário disso, ser "cachorra" é permitir-se explorar a vida de maneira mais livre e autêntica.
Nos primeiros capítulos, a autora mergulha no mundo das dinâmicas sociais e culturais que moldam a identidade feminina, enquanto nos incentiva a deixarmos de lado a "domesticação" que nos aprisiona. É quase como tirar a coleira e sair para um passeio sem destino. Ziga utiliza referências culturais, anedotas e uma pitada de ironia que deixam a leitura leve, apesar do assunto denso. Em resumo: você vai rir, refletir e quem sabe até se sentir um pouco mais doida!
Ao longo da obra, Ziga discute a relação entre o feminino e o animal. E, spoiler alert: não é só sobre como as mulheres são tratadas como "madrinas dos lares", mas também sobre o quão libertador pode ser "descer do salto" e "fugir da casinha". Assim, "devir" se torna a celebração da liberdade de escolha e da autenticidade, mesmo que essa autenticidade implique em rosnados e algumas travessuras no caminho.
A obra ainda insere o leitor em uma crítica social e literária, discutindo os paradigmas que definem a aparência e o comportamento esperados das mulheres. Ziga se utiliza de um humor afiado e de uma linguagem provocativa, deixando claro que a verdadeira liberdade vai muito além do que se espera de nós. "Cachorra" aqui é sinônimo de autenticidade, autoaceitação e, por que não, um toque de rebeldia.
Em resumo, Devir Cachorra não apenas desmistifica a ideia de ser um "lado B" da sociedade, mas oferece uma visão estimulante sobre como as mulheres podem se libertar das amarras sociais. É ou não é uma leitura que vale a pena para quem está cansado de viver preso na versão "domesticada" de si mesmo?
Prepare-se para abrir a mente e, quem sabe, até deixar um pouco do seu lado "cachorrinha" latir à solta!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.