Resumo de Senhora, de José Martiniano de Alencar
Mergulhe na crítica social de 'Senhora', de José Alencar. Uma narrativa que questiona o amor e a emancipação feminina no século XIX.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se tem uma coisa que José Martiniano de Alencar sabia fazer bem, era misturar romance, uma boa dose de drama e, claro, um toque de ironia. E assim temos Senhora, uma obra que nos apresenta a estripulia da vida social carioca no século XIX, onde os rigorosos costumes da época se misturam com um amor que não é bem assim como sugerem os romances de cavalaria (até porque, onde já se viu um amor tímido num romance?).
A trama gira em torno da Senhora (sim, a protagonista não tem nome, mas quem precisa disso afinal?), uma jovem bela e esperta que, para melhorar de vida, decide se casar com o riquíssimo quinze anos mais velho, TB, e tem uma fama de conquistador (porque, claro, a vida não seria emocionante sem um pouco de drama). Mas, spoiler alerta! Esta não é uma história de amor água com açúcar, não. A Senhora, que tem um espírito bem à frente do tempo, resolve que pode manipular os sentimentos do marido, que é tão romântico quanto uma raiz quadrada. A intenção dela? A libertação da mulher, meu bem!
Através de toda a teia complexa de relações, Alencar nos presenteia com uma crítica social afiada. A Senhora não se contenta em ser apenas uma figura decorativa na sociedade patriarcal; ela quer mais! Enquanto isso, temos personagens como Felipe, um pretendente ao coração dela, que faz papel de coadjuvante numa história que, vejam só, não gira apenas em torno dele; um choque para os romances da época em que tudo girava em torno dos heróis masculinos.
A narrativa é repleta de simbolismos: o próprio casamento é visto como um negócio; a beleza da Senhora é uma mercadoria a ser trocada. E a pergunta que não quer calar é: será que ela vai conseguir o que quer, ou será que a vida vai lhe dar um soco na cara tão típico das tramas realistas?
Alencar também arremata a crítica à hipocrisia da sociedade burguesa do século XIX, onde aparências são tudo e o amor verdadeiro é quase uma lenda urbana. Assim, enquanto nossa protagonista navega nesse mar de armadilhas sociais, os leitores são convidados a pensar sobre os verdadeiros valores do amor e a emancipação da mulher. Prepare-se para um final que não agrada a todos os românticos de plantão, mas que é mais do que coerente com a proposta da obra.
E é isso, meus amigos! Preparem-se para viajar na edição definitiva de Senhora, um verdadeiro clássico que mistura ironia, drama e reflexões profundas sobre a condição da mulher, tudo isso enquanto nos faz rolar os olhos com os costumes da alta sociedade. Portanto, se você está preparado para uma crítica às relações (ou para se perguntar por que diabos você não teve aulas sobre isso na escola), venha se perder na obra de Alencar!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.