Resumo de 1967, meio século depois, de Felipe Scovino, Frederico Coelho, Pedro Duarte e Sérgio Bruno Martins
Mergulhe na análise de 1967 com insights sobre a ditadura militar, cultura e juventude. Entenda como o passado moldou o presente!
quarta-feira, 29 de janeiro de 2025
"1967, meio século depois" é como uma viagem de volta no tempo, com direito a assento na primeira classe e todos os snacks do passado. Neste livro, os autores Felipe Scovino, Frederico Coelho, Pedro Duarte e Sérgio Bruno Martins se reúnem para discutir a maravilhosa época de 1967 - que, convenhamos, parece tão distante quanto a última vez que sua tia decidiu fazer uma festa de família sem avisar.
Primeiramente, o livro não tem uma sinopse boas-vindas, mas não se preocupem! Ele está repleto de conteúdo sobre o Brasil e o mundo em 1967, então vamos encarar o que encontramos. A narrativa aborda as características culturais, sociais e políticas do Brasil e do mundo nesse ano emblemático, bem como seus desdobramentos nos anos seguintes. Isso significa que os autores se revezam para contar como a vida era diferente antes do TikTok e da moda dos vitiligos em rede social.
Um dos macro tópicos discutidos é a ditadura militar, que estava começando a engatinhar na época, pelo que podemos dizer que o clima já era tenso como em uma reunião de condomínio onde ninguém se entende. Os autores detalham não apenas os acontecimentos políticos, mas também a resistência cultural que emergiu do cenário opressivo - como música, arte e literatura que se tornaram verdadeiros gritos de liberdade (ou murmúrios, dependendo da quantidade de repressão no ar).
Atrações internacionais que marcaram 1967, como o Verão do Amor na Califórnia, são discutidas com uma boa dose de ironia, porque é sempre divertido ver como o Brasil se comportava como um adolescente rebelde que queria fazer parte da cena, mas ainda não tinha conseguido a identidade própria. A relação entre o Brasil e o mundo é perfeitamente entrelaçada, apontando como eventos globais, como a Guerra do Vietnã, impactaram diretamente a sociedade brasileira - um panorama sem filtros e sem edições.
Os autores também exploram aspectos da sociedade da época, como a música popular que estava perdendo a inocência, e até discutem o que era ser jovem numa era em que a juventude estava explodindo como pipoca na panela quente. As referências musicais, políticas e sociais são fartas; você vai sentir que está em uma conversa de bar com um intelectual que é bem mais atualizado que você (mesmo que você não tenha pedido a opinião dele).
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.